sábado, 31 de maio de 2008

Gomes - "O bibota de ouro" (1956)

NOME: Fernando Mendes Soares Gomes.

NATURALIDADE: Porto.

DATA DE NASCIMENTO: 22 de Novembro de 1956.

LUGAR: Ponta de lança/Avançado.

CLUBES REPRESENTADOS: F.C. Porto, Sporting Gijón (Espanha) e Sporting.


CURRÍCULO/PALMARÉS (ao serviço do F.C. Porto):

- 5 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: 1977/78, 1978/79, 1984/85, 1985/86 e 1987/88.

- 3 vezes vencedor da Taça de Portugal: 1976/77, 1983/84 e 1987/88.

- 3 vezes vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": 1982/83, 1983/84 e 1985/86.

- Finalista vencido da Taça das Taças, em 1983/84: Juventus (Itália) - 2 / F.C. Porto - 1.

- Vencedor da Taça dos Campeões Europeus, em 1986/87: F.C. Porto - 2 / Bayern de Munique (Alemanha) - 1. Gomes não jogaria a final por se encontrar em convalescença de uma operação a que foi sujeito, na sequência de uma grave lesão (fractura da perna esquerda) contraída pouco tempo antes da final.

- Vencedor da Supertaça Europeia. em 1987/88: Ajax (Holanda) - 0 / F.C. Porto - 1; F. C. Porto - 1 / Ajax (Holanda) - 0.

- Vencedor da Taça Intercontinental, em 1987/88: F.C. Porto - 2 / Peñarol (Uruguai) - 1.

- 3º lugar no Campeonato da Europa de 1984 (França).


CARREIRA E CURIOSIDADES:

Gomes foi e continua a ser um dos maiores símbolos da história do F.C. Porto, tendo sido capitão durante vários anos e o maior goleador de sempre da equipa portista. Gomes jogou durante 13 épocas no F.C. Porto (entre 1974/75 e 1979/80, e, mais tarde, entre 1982/83 e 1988/89), com uma interrupção de 2 anos, durante os quais jogou em Espanha. Ainda jogou durante duas temporadas (1989/90 e 1990/91) no Sporting, encerrando aí uma rica e longa carreira de 17 anos ao mais alto nível.

Ao serviço do F.C. Porto, Gomes realizou um total de 342 jogos a contar para o Campeonato Nacional, tendo marcado 288 golos. No Sporting disputou 63 jogos, tendo apontado 30 golos. No Campeonato Nacional, Gomes totalizou, portanto, 318 golos marcados, ficando apenas a 2 golos de igualar a marca de Eusébio (320 golos), sendo o 3º maior goleador português de todos os tempos (atrás de Eusébio e de Peyroteo) e o maior de sempre do F.C. Porto.

Gomes sagrou-se por 6 vezes o melhor marcador do Campeonato Nacional: 1976/77 - 25 golos; 1977/78 - 25 golos; 1978/79 - 27 golos; 1982/83 - 36 golos; 1983/84 - 21 golos; 1984/85 - 39 golos. Conquistou, assim, um total de 6 "Bolas de Prata", menos uma que Eusébio, detentor do recorde de 7.

Gomes conquistou, ainda, 2 "Botas de Ouro" (36 golos em 1982/83 e 39 golos em 1984/85), troféu este, destinado a premiar o melhor marcador de todos os campeonatos europeus. Neste aspecto, igualou Eusébio, o qual venceu também duas vezes este prestigiado troféu de melhor marcador europeu. Até hoje, mais nenhum jogador português alcançou tal proeza.

A contar para as Competições Europeias de clubes, Gomes efectuou 56 jogos, tendo marcado 23 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, Gomes contabilizou um total de 48 internacionalizações (13 golos marcados), tendo sido por 6 vezes capitão da "equipa das quinas". A sua estreia ocorreu a 9 de Março de 1975, em Goiânia, frente à Selecção de Góias (derrota 1-2). A despedida aconteceu a 16 de Novembro de 1988, no Estádio do Bessa, no Porto, frente ao Luxemburgo (vitória 1-0). Também Gomes sentiu na "pele" as consequências do "Caso Saltillo", vendo-se afastado da Selecção durante mais de um ano, tendo, porém, sido um dos (poucos) jogadores, dos que estiveram no Mundial do México, que ainda regressou para dar o seu contributo à Selecção Portuguesa.

Gomes jogou durante duas épocas (1980/81 e 1981/82) no Sporting Gijón (Espanha). Após uma estreia auspiciosa com a camisola do seu novo clube, Gomes lesiona-se gravemente no tendão de Aquiles, pouco tempo depois, estavam apenas decorridas 4 jornadas do campeonato espanhol (apenas 1 golo apontado), vendo-se afastado dos relvados até ao final dessa temporada. Na época seguinte, Gomes teve melhor sorte, realizando uma boa temporada, com 23 jogos efectuados e 11 golos marcados. No entanto, com as saudades a apertarem e o clube do seu coração a chamar por si, Gomes optou por regressar a "casa" no final da sua 2ª temporada em Espanha.

No final da época de 1988/89, Gomes sai definitivamente do F.C. Porto, em litígio com o presidente Pinto da Costa e também com a equipa técnica da altura, constituída por Artur Jorge (técnico principal) e Octávio Machado (treinador adjunto). Com efeito, na sequência de um castigo e consequente suspensão de que foi alvo até final da época, por alegadamente ter faltado ao respeito a OctávioMachado, Gomes decide, em final de contrato, pôr termo a uma ligação de 13 anos com o F.C. Porto, até porque, não havia interesse, da parte do clube, em prolongar o seu vínculo contratual.
Após a saída conturbada e, não menos, polémica do clube do seu coração, Gomes, com o orgulho ferido e achando-se ainda capaz de jogar futebol a um bom nível, aceita o convite do Sporting, assinando por duas épocas com os "leões". No final da temporada de 1990/91, na qual o Sporting atinge as meias-finais da Taça UEFA, Gomes decide pendurar definitivamente as chuteiras e dar por encerrada uma brilhante e invejável carreira de 17 anos, ficando na História do futebol português e, em particular, do F.C. Porto, como um dos melhores avançados e goleadores de todos os tempos.

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