domingo, 28 de fevereiro de 2010

INDURAIN, Miguel (Espanha, Ciclismo)

Miguel Larraya Indurain, nascido a 16 de Julho de 1964, em Villava, na província espanhola de Navarra, foi o maior ciclista espanhol de todos os tempos e um dos melhores corredores do mundo velocipédico do século XX.
Miguel Indurain foi o 4º ciclista mundial a entrar no lote restrito dos ciclistas que venceram 5 edições da Volta à França, tendo o ciclista espanhol sido o 1º a fazê-lo de forma consecutiva, entre 1991 e 1995. Só alguns anos mais tarde, no início do século XXI, é que o ciclista norte-americano Lance Armstrong ultrapassou aqueles 4 corredores em número de vitórias no Tour, alcançando 7 triunfos consecutivos!
Indurain era uma autêntica "máquina humana", um atleta com extraordinárias capacidades físicas inatas e com excepcionais potencialidades atléticas, que o tornavam, de facto, num ciclista sobredotado do ponto de vista físico-atlético. Tais características, não só inatas mas trabalhadas ao longo de vários anos de treino intenso e exigente, fizeram de Indurain um ciclista completo e quase invencível, sendo um excelente rolador, praticamente imbatível em contra-relógio, mas igualmente um trepador de grande qualidade.
De entre os maiores ciclistas mundiais de todos os tempos, Indurain tornou-se no único, até hoje, a alcançar o título olímpico na especialidade de contra-relógio, tendo tal feito sido conquistado nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, precisamente o ano em que o ciclista espanhol "pendurou" a bicicleta.
Após se ter sagrado, em 1983, campeão espanhol de amadores, Indurain assumiu, com 21 anos, o profissionalismo, em 1985. Entre esse ano e 1990 (ano em que ficou em 10º lugar no Tour), o ciclista espanhol participou em 6 edições da Volta à França, cumprindo, durante esse período de tempo, uma longa etapa de aprendizagem e de evolução antes da obtenção do seu 1º triunfo na grande corrida francesa, em 1991, ao qual se seguiriam mais 4 triunfos nos 4 anos seguintes.
Com efeito, foram 5 anos de completo domínio e de superioridade incontestável, por parte de Indurain, sobre toda a concorrência, na mais importante competição velocipédica mundial. Para tal, não foi alheia a programação e preparação meticulosas daquelas épocas, feitas apenas em função do Tour, tendo Indurain apostado, quase única e exclusivamente, nesta prova, com os resultados que se conhecem.
Para além dos 5 triunfos alcançados no Tour e da medalha de ouro conquistada nos Jogos de Atlanta, Indurain foi, igualmente, recordista do Mundo da hora (53,040 km), campeão do Mundo de contra-relógio, na Colômbia, em 1995, obteve duas vitórias consecutivas no Giro, em 1992 e 1993, sendo, ainda, 3º classificado em 1994.
No fabuloso palmarés desportivo de Indurain, só faltou o triunfo na Vuelta e o título de Campeão do Mundo de estrada, cujas vitórias estiveram, aliás, muito perto de ser alcançadas, já que o ciclista espanhol ficou em 2º lugar na Volta à Espanha, em 1991, e em 2º e 3º lugares, respectivamente, no "Mundial" de Estrada de 1993 e 1991. Induraim também nunca chegou a vencer nenhuma das famosas "clássicas de um dia".
Em 1996, depois de ter falhado aquela que seria a sua 6ª vitória no Tour, ficando em 2º lugar, atrás do ciclista dinamarquês Bjarne Riis, Miguel Indurain decide, aos 32 anos, abandonar o ciclismo, não sem antes, se tornar Campeão Olímpico em Atlanta na especialidade de contra-relógio.
Chegava, assim, ao fim a carreira fantástica de um dos maiores ciclistas mundiais de sempre do século XX e, provavelmente, do melhor desportista espanhol de todos os tempos.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

HURST, Geoffrey (Inglaterra, Futebol)

Geoffrey Hurst, nascido a 8 de Dezembro de 1941, em Ashter Under Line (Inglaterra), foi um dos grandes avançados do futebol inglês da década de 60, tendo entrado para a História do Campeonato do Mundo de Futebol ao tornar-se no 1º e único jogador até hoje a marcar 3 golos numa final de um "Mundial" de Futebol, mais concretamente, do Campeonato do Mundo de 1966, realizado em Inglaterra.
Com efeito, no jogo da final, realizado no Estádio de Wembley, que colocou, frente a frente, a Inglaterra e a Alemanha, Hurst fez um hat-trick, tendo 2 desses 3 golos sido apontados já no prolongamento, após um empate (2-2) no final dos 90 minutos. Estes 2 golos revelar-se-iam decisivos para o desfecho da partida, conduzindo à vitória da Inglaterra, por 4-2 e garantindo a conquista do título de Campeão do Mundo.
Esta final de 1966 ficou ainda marcada por uma das maiores polémicas da História dos "Mundiais", mais especificamente, pela dúvida que ainda hoje subsiste, passados quase 44 anos, relativamente à validade do 3º golo da Inglaterra (2º apontado por Hurst) obtido na 1ª parte do prolongamento. Na verdade, por mais que se observe a trajectória da bola, com a maior atenção, através de repetições sucessivas em câmara lenta, não se consegue confirmar, com rigor e clareza, se a bola ultrapassou realmente a linha de baliza alemã.
Apesar de ter realizado apenas 3 jogos nesse "Mundial", Hurst desempenhou um papel decisivo na excelente campanha realizada pela Inglaterra rumo ao título mundial. De facto, antes de apontar os 3 golos na final diante da Alemanha, o avançado inglês já tinha marcado outros 2 golos: um, durante a 1ª fase da competição, diante do México e outro, nos quartos-de-final, diante da Argentina, totalizando, assim, 5 golos em 3 jogos disputados.
Hurst voltaria a marcar presença na edição seguinte do Campeonato do Mundo de 1970, realizado no México. Participou novamente em 3 jogos, tendo, desta vez, apontado apenas um golo, durante a 1ª fase, diante da Roménia.
Ao serviço da selecção inglesa, Hurst contabilizou um total de 49 internacionalizações, tendo marcado 24 golos, o que dá uma  excelente média de quase 0,5 golos por jogo. Nas duas edições do "Mundial" em que participou, Hurst marcou 6 golos (1/4 do total) em 6 jogos, à média de 1 golo por jogo.
Geoffrey Hurst era um avançado rápido e bem constituído do ponto de vista físico-atlético, especialmente forte no jogo aéreo e possuidor de um remate fácil com qualquer um dos pés.
Durante 13 anos, mais concretamente, entre 1959 e 1972, Hurst representou o West Ham, ao serviço do qual só lhe faltou conquistar o título de campeão inglês, já que venceu, em 3 anos consecutivos, a Taça de Inglaterra (1964), a Taça das Taças (1965) e a Taça da Liga (em 1966), este último troféu no ano em que se sagrou Campeão do Mundo pela Inglaterra.
Ao serviço do West Ham, clube onde ingressou com apenas 18 anos, Hurst marcou um total de 252 golos em 502 jogos efectuados, o que dá uma bonita média de 0,5 golos por jogo.
Em 1972, prestes a completar 31 anos, Hurst abandonou o famoso clube londrino, ingressando no Stoke City, onde ainda marcaria 37 golos. Na fase descendente da carreira, Hurst ainda se transferiu para o West Bromwich Albion, clube onde viria a encerrar uma carreira de sucesso no futebol inglês, tendo, no seu rico palmarés, apenas ficado a faltar-lhe o título de campeão nacional.
Em 1998, a Rainha de Inglaterra, Isabel II, armou Geoffrey Hurst Cavaleiro do Império Britânico, como reconhecimento justo pelos serviços prestados ao futebol inglês. Porém, a recordação que perdurará para sempre na memória de Hurst será, sem dúvida nenhuma, o saudoso e mítico Estádio de Wembley (já demolido), em cujo relvado conquistou todos os troféus da sua carreira!
Com efeito, Wembley ficará para sempre como o palco eterno dos sonhos deste futebolista imortalizado na História do Futebol Mundial por ser o único, até hoje, a conseguir marcar 3 golos na final de um Campeonato do Mundo!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

HOLYFIELD, Evander (EUA, Boxe)

Evander Holyfield, nascido a 19 de Outubro de 1962, nos EUA, pertence à galeria restrita dos maiores pugilistas norte-americanos e mundiais de todos os tempos.
Depois de ter conquistado a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, Holyfield, então prestes a completar 22 anos, iniciou uma carreira de sucesso como pugilista profissional, que o levou a ser campeão do Mundo de pesos-pesados, pela 1ª vez, em 1990, quando derrotou, por KO, Buster Douglas.
A partir desse momento, Holyfield somou uma série de perdas e recuperações do respectivo título, que o mantiveram por mais de uma década no topo da modalidade.
Em 1992, Holyfield perdeu o ceptro para Riddick Bowe, voltando a recuperá-lo, perante o mesmo adversário, no ano seguinte. Porém, em 1994, voltou a ser destronado, desta vez por Michael Moorer.
Iniciam-se, depois, uma série de confrontos históricos com Mike Tyson. Em Novembro de 1996, Holyfield vence o seu grande rival por KO e sagra-se de novo campeão. A seguir, tem lugar o célebre combate em que Tyson, desesperado e de cabeça perdida, morde e arranca um pedaço da orelha de Holyfield, num acesso de raiva, sendo imediatamente desqualificado do combate.
Até aos 40 anos, Holyfield continuou a perder e a ganhar combates, a ceder, a recuperar e a manter títulos, nas várias federações que regem o profisssionalismo.
No final da sua longa e brilhante carreira, Evander Holyfield apresentava um saldo de 42 combates, com apenas 5 derrotas e 37 vitórias, das quais 25 obtidas por KO.