sábado, 31 de maio de 2008

Gomes - "O bibota de ouro" (1956)

NOME: Fernando Mendes Soares Gomes.

NATURALIDADE: Porto.

DATA DE NASCIMENTO: 22 de Novembro de 1956.

LUGAR: Ponta de lança/Avançado.

CLUBES REPRESENTADOS: F.C. Porto, Sporting Gijón (Espanha) e Sporting.


CURRÍCULO/PALMARÉS (ao serviço do F.C. Porto):

- 5 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: 1977/78, 1978/79, 1984/85, 1985/86 e 1987/88.

- 3 vezes vencedor da Taça de Portugal: 1976/77, 1983/84 e 1987/88.

- 3 vezes vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": 1982/83, 1983/84 e 1985/86.

- Finalista vencido da Taça das Taças, em 1983/84: Juventus (Itália) - 2 / F.C. Porto - 1.

- Vencedor da Taça dos Campeões Europeus, em 1986/87: F.C. Porto - 2 / Bayern de Munique (Alemanha) - 1. Gomes não jogaria a final por se encontrar em convalescença de uma operação a que foi sujeito, na sequência de uma grave lesão (fractura da perna esquerda) contraída pouco tempo antes da final.

- Vencedor da Supertaça Europeia. em 1987/88: Ajax (Holanda) - 0 / F.C. Porto - 1; F. C. Porto - 1 / Ajax (Holanda) - 0.

- Vencedor da Taça Intercontinental, em 1987/88: F.C. Porto - 2 / Peñarol (Uruguai) - 1.

- 3º lugar no Campeonato da Europa de 1984 (França).


CARREIRA E CURIOSIDADES:

Gomes foi e continua a ser um dos maiores símbolos da história do F.C. Porto, tendo sido capitão durante vários anos e o maior goleador de sempre da equipa portista. Gomes jogou durante 13 épocas no F.C. Porto (entre 1974/75 e 1979/80, e, mais tarde, entre 1982/83 e 1988/89), com uma interrupção de 2 anos, durante os quais jogou em Espanha. Ainda jogou durante duas temporadas (1989/90 e 1990/91) no Sporting, encerrando aí uma rica e longa carreira de 17 anos ao mais alto nível.

Ao serviço do F.C. Porto, Gomes realizou um total de 342 jogos a contar para o Campeonato Nacional, tendo marcado 288 golos. No Sporting disputou 63 jogos, tendo apontado 30 golos. No Campeonato Nacional, Gomes totalizou, portanto, 318 golos marcados, ficando apenas a 2 golos de igualar a marca de Eusébio (320 golos), sendo o 3º maior goleador português de todos os tempos (atrás de Eusébio e de Peyroteo) e o maior de sempre do F.C. Porto.

Gomes sagrou-se por 6 vezes o melhor marcador do Campeonato Nacional: 1976/77 - 25 golos; 1977/78 - 25 golos; 1978/79 - 27 golos; 1982/83 - 36 golos; 1983/84 - 21 golos; 1984/85 - 39 golos. Conquistou, assim, um total de 6 "Bolas de Prata", menos uma que Eusébio, detentor do recorde de 7.

Gomes conquistou, ainda, 2 "Botas de Ouro" (36 golos em 1982/83 e 39 golos em 1984/85), troféu este, destinado a premiar o melhor marcador de todos os campeonatos europeus. Neste aspecto, igualou Eusébio, o qual venceu também duas vezes este prestigiado troféu de melhor marcador europeu. Até hoje, mais nenhum jogador português alcançou tal proeza.

A contar para as Competições Europeias de clubes, Gomes efectuou 56 jogos, tendo marcado 23 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, Gomes contabilizou um total de 48 internacionalizações (13 golos marcados), tendo sido por 6 vezes capitão da "equipa das quinas". A sua estreia ocorreu a 9 de Março de 1975, em Goiânia, frente à Selecção de Góias (derrota 1-2). A despedida aconteceu a 16 de Novembro de 1988, no Estádio do Bessa, no Porto, frente ao Luxemburgo (vitória 1-0). Também Gomes sentiu na "pele" as consequências do "Caso Saltillo", vendo-se afastado da Selecção durante mais de um ano, tendo, porém, sido um dos (poucos) jogadores, dos que estiveram no Mundial do México, que ainda regressou para dar o seu contributo à Selecção Portuguesa.

Gomes jogou durante duas épocas (1980/81 e 1981/82) no Sporting Gijón (Espanha). Após uma estreia auspiciosa com a camisola do seu novo clube, Gomes lesiona-se gravemente no tendão de Aquiles, pouco tempo depois, estavam apenas decorridas 4 jornadas do campeonato espanhol (apenas 1 golo apontado), vendo-se afastado dos relvados até ao final dessa temporada. Na época seguinte, Gomes teve melhor sorte, realizando uma boa temporada, com 23 jogos efectuados e 11 golos marcados. No entanto, com as saudades a apertarem e o clube do seu coração a chamar por si, Gomes optou por regressar a "casa" no final da sua 2ª temporada em Espanha.

No final da época de 1988/89, Gomes sai definitivamente do F.C. Porto, em litígio com o presidente Pinto da Costa e também com a equipa técnica da altura, constituída por Artur Jorge (técnico principal) e Octávio Machado (treinador adjunto). Com efeito, na sequência de um castigo e consequente suspensão de que foi alvo até final da época, por alegadamente ter faltado ao respeito a OctávioMachado, Gomes decide, em final de contrato, pôr termo a uma ligação de 13 anos com o F.C. Porto, até porque, não havia interesse, da parte do clube, em prolongar o seu vínculo contratual.
Após a saída conturbada e, não menos, polémica do clube do seu coração, Gomes, com o orgulho ferido e achando-se ainda capaz de jogar futebol a um bom nível, aceita o convite do Sporting, assinando por duas épocas com os "leões". No final da temporada de 1990/91, na qual o Sporting atinge as meias-finais da Taça UEFA, Gomes decide pendurar definitivamente as chuteiras e dar por encerrada uma brilhante e invejável carreira de 17 anos, ficando na História do futebol português e, em particular, do F.C. Porto, como um dos melhores avançados e goleadores de todos os tempos.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Chalana - "O pequeno génio" (1959)

NOME: Fernando Albino de Sousa Chalana.

NATURALIDADE: Barreiro.

DATA DE NASCIMENTO: 10 de Fevereiro de 1959.

LUGAR: Extremo esquerdo.

CLUBES REPRESENTADOS: Barreirense, Benfica, Bordéus (França), Belenenses e Estrela da Amadora.


CURRÍCULO/PALMARÉS (ao serviço do Benfica):


- 6 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: 1975/76, 1976/77, 1980/81, 1982/83, 1983/84 e 1988/89.

-3 vezes vencedor da Taça de Portugal: 1979/80, 1980/81 e 1982/83.

- 2 vezes vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": 1979/80 e 1988/89.

- Finalista vencido da Taça UEFA, em 1982/83: Anderlecht (Bélgica) - 1 / Benfica - 0; Benfica - 1 / Anderlecht (Bélgica) - 1.

- 3º lugar no Campeonato da Europa (França), em 1984.


CARREIRA E CURIOSIDADES:

Chalana foi um dos melhores jogadores de sempre da história do Benfica e, consequentemente, um dos maiores talentos que o futebol português produziu até hoje. Com efeito, Chalana foi um predestinado da bola, um jogador genial que, ao longo de 15 anos, espalhou pelos relvados o perfume inconfundível do seu futebol intuitivo, imprevisível, repentista, feito de dribles e fintas desconcertantes, com arrancadas e "sprints" que deixavam os defesas "pregados" ao relvado.

Chalana esteve 12 épocas ao serviço do Benfica (entre 1975/76 e 1983/84 e, mais tarde, entre 1987/88 e 1989/90), tendo realizado um total de 310 jogos (47 golos marcados) de "águia ao peito", dos quais 224 jogos a contar para o Campeonato Nacional (38 golos apontados). Após a saída do Benfica, no final da época de 1989/90 (a 20 de Maio de 1990), Chalana jogou uma época no Belenenses, tendo disputado 14 jogos. Na temporada seguinte (1991/92), Chalana ainda representou o Estrela da Amadora (na altura a militar na 2ª Divisão Nacional), contudo, não chegou a concluir a época, decidindo, aos 33 anos, dar por encerrada uma brilhante carreira de 16 anos, apesar da infelicidade das várias lesões sofridas.

A contar para as Competições Europeias de clubes, Chalana efectuou 44 jogos, tendo marcado 6 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, Chalana totalizou 27 internacionalizações, tendo apontado 2 golos. A sua estreia na Selecção ocorreu a 17 de Novembro de 1976, no Estádio da Luz, em Lisboa, frente à Dinamarca (vitória por 1-0). Aquando desta estreia, Chalana contava apenas 17 anos, tornando-se, na altura, no mais jovem internacional A de sempre. A despedida aconteceu a 12 de Outubro de 1988, em Gotemburgo, na Suécia, frente à Suécia (empate 0-0).

Chalana estreou-se na equipa principal do Benfica, a 6 de Março de 1976, no Estádio da Luz, frente ao Farense, em jogo a contar para o Campeonato Nacional (época de 1975/76). Na altura, com 17 anos e 25 dias, tornava-se no jogador português mais novo a jogar na 1ª Divisão. No final daquela época, ainda com 17 anos, Chalana foi, simultaneamente, Campeão Nacional de Juniores e de Seniores, tendo ainda jogado pelas Selecções de Juniores, de Esperanças e de Seniores (AA).

Chalana foi considerado um dos melhores jogadores do Campeonato da Europa de 1984, realizado em França, tendo sido a grande figura da Selecção Nacional, a qual atingiu brilhantemente as meias-finais da prova, sendo aí derrotada, num jogo dramático (3-2, após prolongamento), pela França, que se viria a sagrar Campeã da Europa.

Na sequência das grandes exibições efectuadas em França, durante o Campeonato da Europa, Chalana é contratado pelo Bordéus (França), ao serviço do qual permanece 3 épocas (1984/85, 1985/86 e 1986/87). Logo na 1ª época, Chalana sagra-se Campeão de França, atingindo, ainda nessa temporada, as meias-finais da Taça dos Campeões Europeus, sendo o Bordéus eliminado pela Juventus (Itália), clube este que viria, aliás, a conquistar o troféu. Porém, as duas épocas seguintes seriam para esquecer, tendo Chalana passado praticamente esses dois anos lesionado e a recuperar de intervenções cirúrgicas a que foi entretanto sujeito. Por este motivo, Chalana ficaria de fora da lista definitiva de convocados da Selecção Nacional para o Campeonato do Mundo do México, em 1986, de tão má memória para Portugal.

De facto, ao longo da sua brilhante carreira, Chalana foi um jogador muito martirizado pelas lesões, sobretudo, durante os 3 anos que esteve em França, ao serviço do Bordéus, período no qual viveu um autêntico "calvário" com sucessivas lesões a impedirem-no de render aquilo que estava ao seu alcance e que tinha tão exuberantemente demonstrado ao serviço do Benfica e da Selecção Nacional, nomeadamente no Campeonato da Europa de França, em 1984.

No início da época de 1987/88, frustrado com a infeliz e traumática experiência por terras gaulesas, Chalana (ou "Chalanix", como ficou conhecido em França, em alusão às suas semelhanças físicas com o famoso herói gaulês de banda desenhada, "Astérix") regressa definitivamente a Portugal e ao Benfica. Durante essa época, Chalana volta a lesionar-se, falhando inclusivamente a presença na final da Taça dos Campeões Europeus que o Benfica volta a atingir, 20 anos depois da sua última presença. Na final, o Benfica é derrotado pelo PSV Eindhoven (Holanda), no desempate através da marcação de grandes penalidades (5-6; 0-0 após prolongamento).
Dois anos depois, na época de 1989/90, mais uma vez, o Benfica volta a marcar presença na final da Taça dos Campeões Europeus, e, uma vez mais, Chalana volta a falhar a presença na final, embora, desta vez, ficando fora dos convocados por opção técnica do treinador Eriksson. Na final, frente ao AC Milan (Itália), o Benfica é novamente derrotado, agora por 0-1.
Apesar do brilhantismo que Chalana atingiu como jogador de futebol, fica-se com a sensação de que poderia ter chegado ainda mais longe, em termos de projecção internacional, não fossem as inúmeras lesões (algumas delas bem graves) que o apoquentaram ao longo da carreira, assim como a escolha infeliz que fez do Bordéus, impedindo-o de atingir o patamar apenas reservado às maiores "estrelas" do futebol mundial do seu tempo.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Oliveira - "O artista genial" (1952)

NOME: António Luís Alves Ribeiro Oliveira.

NATURALIDADE: Penafiel.

DATA DE NASCIMENTO: 10 de Junho de 1952.

LUGAR: Médio ofensivo.

CLUBES REPRESENTADOS: F.C. Porto, Bétis de Sevilha (Espanha), Penafiel, Sporting e Marítimo.


CURRÍCULO/PALMARÉS:

- 3 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: ao serviço do F.C. Porto (1977/78 e 1978/79); ao serviço do Sporting (1981/82).

- 2 vezes vencedor da Taça de Portugal: ao serviço do F.C. Porto (1976/77); ao serviço do Sporting (1981/82).

- 1 vez vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": ao serviço do Sporting (1981/82).


CARREIRA E CURIOSIDADES:


Oliveira foi, indiscutivelmente, um dos mais geniais jogadores portugueses de sempre e, provavelmente, o mais genial de todos os que passaram pelo F.C. Porto, clube onde iniciou a sua carreira de futebolista de craveira ímpar. A carreira de Oliveira no Campeonato Nacional prolongou-se ao longo de 16 épocas, entre 1970/71 e 1985/86, totalizando 295 jogos efectuados e 107 golos marcados.

Ao serviço do F.C. Porto, Oliveira jogou durante 10 épocas (entre 1970/71 e 1979/80), tendo realizado 200 jogos e marcado 70 golos. A seguir, jogou durante uma época (1980/81) no Penafiel, tendo disputado 22 jogos e apontado 10 golos. No Sporting jogou durante 4 épocas (entre 1981/82 e 1984/85, a última delas incompleta), tendo efectuado 66 jogos e marcado 27 golos. Na época seguinte, ainda jogou no Marítimo, tendo apenas disputado 7 jogos.

A contar para as Competições Europeias de clubes, Oliveira disputou 39 jogos tendo apontado 14 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, totalizou 24 internacionalizações tendo marcado 7 golos. A estreia de Oliveira na Selecção ocorreu a 13 de Novembro de 1974, em Berna, na Suíça, frente à Suíça (derrota 0-3). A despedida aconteceu a 21 de Setembro de 1983, no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, frente à Finlândia (vitória 5-0).

No início da época de 1979/80, Oliveira tenta uma experiência no futebol espanhol, transferindo-se para o Bétis de Sevilha. Porém, esta permanência em terras espanholas viria a redundar numa experiência falhada, desagradável e infeliz, pois Oliveira nunca se adaptou, quer ao clube, quer ao país vizinho, declarando-se "um provinciano". Como tal, esteve apenas 6 meses no Bétis, regressando definitivamente a Portugal e concluindo, ainda, aquela temporada novamente no F.C. Porto.

No rescaldo do célebre "verão quente" das Antas, que culminou com a saída de José Maria Pedroto e de Pinto da Costa do F.C. Porto, no início da época de 1980/81, Oliveira sai também do clube incompatibilizado e em litígio com a direcção portista, à época presidida por Américo de Sá. Durante essa época, Oliveira joga no clube da sua terra, o Penafiel, assumindo a dupla função de jogador e treinador e conseguindo alcançar um surpreendente, notável e honroso 10º lugar.

Na época seguinte, Oliveira transfere-se para o Sporting, ao serviço do qual permanece durante 4 épocas. A meio da sua 4ª época de "leão ao peito", em Março de 1985, castigado por inúmeras lesões que teimavam em não o largar, Oliveira rescinde o contrato com o Sporting, alegando não poder render aquilo que estava ao seu alcance e que os sportinguistas esperavam dele.

No dia em que recebeu a triste notícia da morte do seu pai, corria a época de 1982/83, Oliveira realizou o seu melhor jogo ao serviço do Sporting e, provavelmente, uma das melhores exibições de sempre da sua notável carreira. Foi em Setembro de 1982, num jogo a contar para a 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, disputado no Estádio José de Alvalade, no qual o Sporting venceu o Dínamo de Zagreb (ex-Jugoslávia) por 3-0. Os 3 golos, qual deles o mais fantástico, foram marcados precisamente por Oliveira, numa exibição magistral só ao alcance dos génios e dos predestinados da bola.

Oliveira despede-se definitivamente do futebol, como jogador, ao serviço do Marítimo, a meio da temporada de 1985/86, prestes a completar 34 anos, encerrando uma longa e brilhante carreira de 16 anos, durante os quais espalhou pelos relvados toda a classe e perfume do seu futebol genial.

Ao longo da sua carreira, Oliveira acumulou por 3 vezes a dupla função de jogador e treinador: durante a época de 1980/81, ao serviço do Penafiel; durante a época de 1982/83, ao serviço do Sporting, substituindo o treinador inglês Malcolm Allison; durante a época de 1985/86, ao serviço do Marítimo.

sábado, 17 de maio de 2008

Jaime Pacheco - "A personificação da raça em campo" (1958)

NOME: Jaime Moreira Pacheco.

NATURALIDADE: Paredes.

DATA DE NASCIMENTO: 22 de Julho de 1958.

LUGAR: Médio.

CLUBES REPRESENTADOS: Rebordosa, Aliados de Lordelo, F.C. Porto, Sporting, Vitória Futebol Clube (Setúbal), Paços de Ferreira e Sporting de Braga.


CURRÍCULO/PALMARÉS (ao serviço do F.C. Porto):


- 1 vez Campeão Nacional da 1ª Divisão: 1987/88.

- 2 vezes vencedor da Taça de Portugal: 1983/84 e 1987/88.

- 3 vezes vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": 1980/81, 1982/83 e 1983/84.

- Finalista vencido da Taça das Taças, em 1983/84: Juventus (Itália) - 2 / F.C. Porto - 1.

- Vencedor da Taça dos Campeões Europeus, em 1986/87: F.C. Porto - 2 / Bayern de Munique (Alemanha) - 1.

- 3º lugar no Campeonato da Europa (França), em 1984.


CARREIRA E CURIOSIDADES:


Jaime Pacheco jogou durante 14 épocas na 1ª Divisão, entre 1980/81 e 1993/94, tendo realizado um total de 292 jogos (17 golos marcados) no Campeonato Nacional, em representação de 5 clubes: esteve 7 épocas no F.C. Porto (entre 1980/81 e 1983/84 e, mais tarde, entre 1986/87 e 1988/89) num total de 142 jogos disputados e 11 golos apontados; 2 épocas no Sporting (1984/85 e 1985/86) num total de 29 jogos disputados e 2 golos apontados; outras 2 épocas no Vitória Futebol Clube (1989/90 e 1990/91) num total de 52 jogos disputados e 2 golos apontados; mais 2 épocas no Paços de Ferreira (1991/92 e 1992/93) e também 52 jogos realizados (1 golo marcado); finalmente, 1 época no Sporting de Braga, com 17 jogos efectuados (1 golo marcado).

Ao longo da carreira, Jaime Pacheco foi sempre um jogador marcado pelas lesões, tendo nesse aspecto sido um jogador bastante infeliz, quer quando esteve ao serviço do Sporting, clube no qual passou muito tempo lesionado, quer ao serviço do F.C. Porto. Com efeito, aquando da sua segunda passagem por este clube, Jaime Pacheco sofreu uma grave lesão (rotura dos ligamentos cruzados do joelho), logo no início da 2ª volta do campeonato, referente à época de 1986/87, que o impediu de estar presente na final da Taça dos Campeões Europeus e de participar nas conquistas da Supertaça Europeia e da Taça Intercontinental da temporada seguinte.

A contar para as Competições Europeias de clubes, Jaime Pacheco efectuou 35 jogos tendo marcado apenas 2 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, Jaime Pacheco totalizou 25 internacionalizações. A estreia ocorreu a 23 de Fevereiro de 1983, no Estádio do Restelo, em Lisboa, frente à Alemanha (vitória 1-0). A despedida aconteceu a 12 de Setembro de 1990, em Helsínquia, na Finlândia, frente à Finlândia (empate 0-0).

Na sequência dos tristes incidentes ocorridos em Saltillo, no Campeonato do Mundo do México, em 1986, Jaime Pacheco esteve ausente da Selecção durante 4 anos, regressando em 1990, precisamente para disputar o seu 25º e último jogo com a camisola das "quinas". À semelhança de outros jogadores que se viram privados de dar o seu contributo à Selecção Nacional, também Jaime Pacheco foi prejudicado com esta ausência, numa altura em que era titular indiscutível da Selecção.

Perto de completar 36 anos de idade, no final da época de 1993/94, Jaime Pacheco colocou um ponto final numa bonita carreira de 14 anos, ao longo da qual, graças à sua categoria futebolística, espírito competitivo e brio profissional, soube granjear a admiração e o respeito dos adeptos e amantes do futebol.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Carlos Manuel - "O herói de Estugarda" (1958)

NOME: Carlos Manuel Correia dos Santos.

NATURALIDADE: Moita.

DATA DE NASCIMENTO: 15 de Janeiro de 1958.

LUGAR: Médio.

CLUBES REPRESENTADOS: CUF, Barreirense, Benfica, Sporting, Boavista e Estoril.

CURRÍCULO/PALMARÉS (ao serviço do Benfica):


- 4 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: 1980/81, 1982/83, 1983/84 e 1986/87.

- 6 vezes vencedor da Taça de Portugal: 1979/80, 1980/81, 1982/83, 1984/85, 1985/86 e 1986/87.

- 2 vezes vencedor da Supertaça: 1979/80 e 1984/85.

- Finalista vencido da Taça UEFA, em 1982/83: Anderlecht (Bélgica) - 1 / Benfica - 0; Benfica - 1 / Anderlecht (Bélgica) - 1.

- 3º lugar no Campeonato da Europa (França), em 1984.


CARREIRA E CURIOSIDADES:


Ao longo da sua longa e rica carreira, Carlos Manuel representou 6 clubes, tendo sido, porém, ao serviço do Benfica que atingiu maior projecção e notoriedade futebolísticas, tendo aí conquistado vários títulos nacionais. Durante 16 temporadas, Carlos Manuel realizou 371 jogos a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, tendo marcado 51 golos.
A sua estreia na 1ª Divisão aconteceu na época de 1975/76 ao serviço da CUF, tendo disputado 2 jogos ainda com idade de júnior. Em virtude da CUF ter descido de divisão no final daquela época, Carlos Manuel jogou, nas duas épocas seguintes, na 2ª Divisão. Contudo, na época de 1978/79, Carlos Manuel ingressa no Barreirense, efectuando uma excelente temporada com 30 jogos realizados e 2 golos marcados. As suas exibições despertam imediatamente o interesse dos "3 grandes", acabando por se transferir para o Benfica que lhe ofereceu melhores condições salariais.
Durante 9 épocas ao serviço do Benfica (entre 1979/80 e 1987/88, embora esta última incompleta), Carlos Manuel efectuou 215 jogos no Campeonato Nacional tendo apontado 40 golos. Após uma curta passagem de 6 meses pelo Sion (Suíça), no final da época de 1987/88, Carlos Manuel regressa a Portugal ingressando no Sporting, onde, durante duas temporadas, disputa 62 jogos e marca 6 golos. No entanto, não termina a 2ª época, rescindindo o contrato em Abril de 1990, em desacordo com as opções do treinador do Sporting de então, Raúl Águas, que não o incluía no lote de titulares da equipa.
Na época de 1990/91, Carlos Manuel transfere-se para o Boavista onde, durante duas épocas, apenas efectua 17 jogos, vendo-se confrontado com algumas lesões. Já na fase descendente da carreira, Carlos Manuel ainda realiza duas boas temporadas no Estoril (45 jogos e 3 golos), onde terminará a sua carreira de jogador, a meio da segunda época (1993/94), então com 36 anos, passando a treinador da equipa, em substituição de Fernando Santos.
A contar para as Competições Europeias de clubes, Carlos Manuel realizou 49 jogos, tendo apontado 6 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, Carlos Manuel totalizou 42 internacionalizações, tendo marcado 8 golos. A sua estreia na Selecção ocorreu a 26 de Março de 1980, em Glasgow (Escócia), frente à Escócia (derrota 1-4). A despedida, por sinal triste, aconteceu a 11 de Julho de 1986, em Gualajara (México), frente a Marrocos (derrota 1-3), em jogo de má memória, da fase final do Campeonato do Mundo de 1986 no México, no qual Portugal deixaria uma má imagem, sendo eliminado ainda na fase de grupos.
Carlos Manuel fica na história do futebol português, não só pela brilhante carreira que realizou, mas também pelo golo histórico e inesquecível que marcou em Estugarda, frente à Alemanha, no último jogo de apuramento, precisamente, para o Campeonato do Mundo no México. Há 36 anos que a Alemanha não perdia um jogo em sua casa e Portugal para se apurar tinha que vencer obrigatoriamente a selecção alemã. Neste jogo, Carlos Manuel tornou-se um autêntico herói ao apontar, de fora da área, com um remate fortíssimo e colocado, o golo solitário que apurava, pela 2ª vez na história, a Selecção Nacional para a fase final de um Campeonato do Mundo, 20 anos depois do fantástico 3º lugar conquistado pelos "magriços" no Mundial de Inglaterra, em 1966.
Após o "Caso Saltillo", Carlos Manuel abandona definitivamente a Selecção, em litígio com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Silva Resende, não mais voltando a vestir a camisola das "quinas", numa altura em que, com apenas 28 anos, ainda podia dar um longo e valioso contributo à Selecção Nacional, perdendo assim a possibilidade de se tornar num dos jogadores portugueses mais internacionais de sempre.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Inácio - "O defesa dos grandes momentos" (1955)

NOME: Augusto Soares Inácio.

NATURALIDADE: Lisboa.

DATA DE NASCIMENTO: 1 de Fevereiro de 1955.

LUGAR: Defesa esquerdo.

CLUBES REPRESENTADOS: Sporting e F.C. Porto.

CURRÍCULO/PALMARÉS:


- 5 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: 2 vezes (1979/80 e 1981/82) ao serviço do Sporting e 3 vezes (1984/85, 1985/86 e 1987/88) ao serviço do F.C. Porto.

- 4 vezes vencedor da Taça de Portugal: 2 vezes (1977/78 e 1981/82) o serviço do Sporting e 2 vezes (1983/84 e 1987/88) ao serviço do F.C. Porto.

- 3 vezes vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": 1982/83, 1983/84 e 1985/86 (todas ao serviço do F.C. Porto).

- Finalista vencido da Taça das Taças, em 1983/84: Juventus (Itália) - 2 / F.C. Porto - 1.

- Vencedor da Taça dos Campeões Europeus, em 1986/87: F.C. Porto - 2 / Bayern de Munique (Alemanha) - 1.

- Vencedor da Supertaça Europeia, em 1987/88: Ajax (Holanda) - 0 / F.C. Porto - 1; F.C. Porto - 1 /Ajax (Holanda) - 0.

- Vencedor da Taça Intercontinental, em 1987/88: F.C. Porto - 2 / Peñarol (Uruguai) - 1.


CARREIRA E CURIOSIDADES:


Inácio jogou durante 14 temporadas na 1ª Divisão, curiosamente repartidas em igual numero de épocas, pelo Sporting e F.C. Porto: 7 épocas ao serviço do Sporting (1975/76 a 1981/82) e outras 7 ao serviço do F.C. Porto (1982/83 a 1988/89). No total, Inácio disputou 300 jogos, tendo marcado 9 golos. Ao serviço do Sporting, efectuou 157 partidas (5 golos apontados) e ao serviço do F.C. Porto realizou 143 jogos (4 golos marcados).

A contar para as Competições Europeias de clubes, Inácio efectuou 44 jogos, tendo apontado apenas 1 golo. Ao serviço da Selecção Nacional A, Inácio totalizou 25 internacionalizações. O jogo de estreia pela Selecção ocorreu a 5 de Dezembro de 1976 em Limassol (Chipre), frente ao Chipre (vitória de Portugal, 2-1). A despedida aconteceu, quase 10 anos depois, a 11 de Julho de 1986 em Guadalajara (México), frente a Marrocos (derrota, 1-3), em jogo da fase final do Campeonato do Mundo de Futebol (México) de má memória para Portugal.
Inácio foi um dos jogadores que deixou de representar a Selecção Nacional após o "Mundial" do México, em 1986, acabando por ser uma das "vítimas" do célebre e triste "Caso Saltillo". Tal facto, impossibilitou que Inácio, então com 31 anos, tivesse atingido um número maior de internacionalizações que estava, aliás, perfeitamente ao seu alcance, uma vez que na altura era o títular indiscutível do lugar de defesa esquerdo da Selecção.
Já anteriormente, outra infelicidade havia atingido Inácio, quando este, devido a uma lesão, viu-se obrigado a ficar de fora da lista definitiva de convocados para o Campeonato da Europa de 1984, em França, no qual Portugal, pela primeira vez na sua história, iria marcar presença na respectiva fase final da competição.
Inácio iniciou a sua carreira no Sporting, onde entrou com apenas 11 anos de idade (para a categoria de infantis), passando por todos os escalões das camadas jovens do clube, até chegar à 1ª categoria do Sporting, na época de 1975/76, altura em que, sob o comando de Juca, se estreou no Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Foram 16 anos passados em Alvalade, até que, no final da época de 1981/82, com 27 anos, se transferiu para o F.C. Porto.
Inácio terminaria a carreira como jogador do F.C. Porto, despedindo-se no final da época de 1988/89, então com 34 anos, encerrando assim uma bonita e ínvejável carreira de 14 anos, durante os quais, em representação de dois dos três maiores clubes do futebol português, manteve sempre uma regularidade exibicional notável que lhe permitiu evidenciar toda a sua qualidade futebolística nos grandes momentos que viveu e nos títulos nacionais e internacionais que conquistou, sobretudo ao serviço do F.C. Porto.

domingo, 4 de maio de 2008

Eurico - "O bicampeão dos 3 grandes" (1955)

NOME: Eurico Monteiro Gomes.

NATURALIDADE: Santa Marta de Penaguião.

DATA DE NASCIMENTO: 29 de Setembro de 1955.

LUGAR: Defesa central.

CLUBES REPRESENTADOS: Odivelas, Benfica, Sporting, F.C. Porto e Vitória Futebol Clube (Setúbal).


CURRÍCULO/PALMARÉS:


- 6 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: ao serviço do Benfica (1975/76 e 1976/77), ao serviço do Sporting (1979/80 e 1981/82) e ao serviço do F.C. Porto (1984/85 e 1985/86).

- 2 vezes vencedor da Taça de Portugal: ao serviço do Sporting (1981/82) e ao serviço do F.C. Porto (1983/84).

- 2 vezes vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": ao serviço do F.C. Porto (1982/83 e 1983/84).

- Finalista vencido da Taça das Taças, em 1983/84: Juventus (Itália) - 2 / F.C. Porto - 1.

- 3º lugar no Campeonato da Europa (França), em 1984.


CARREIRA E CURIOSIDADES:

Ao longo de 14 épocas, Eurico realizou um total de 312 jogos no Campeonato Nacional (7 golos marcados), em representação de quatro clubes: 4 épocas ao serviço do Benfica (entre 1975/76 e 1978/79) e 89 jogos efectuados (1 golo apontado); 3 épocas ao serviço do Sporting (entre 1979/80 e 1981/82) e 89 jogos efectuados (2 golos apontados); 5 épocas ao serviço do F.C. Porto (entre 1982/83 e 1986/87) e 89 jogos efectuados (4 golos apontados); 2 épocas ao serviço do Vitória Futebol Clube (1987/88 e 1988/89) e 45 jogos realizados (0 golos).

Refira-se, no entanto, que devido a uma lesão grave, Eurico apenas disputou um jogo na época de 1985/86 e não chegou a realizar nenhum jogo em toda a época de 1986/87, embora nesta, também por opção técnica. Quer isto dizer que, em condições normais, Eurico poderia ter atingido, no Campeonato Nacional, um número de jogos próximo dos 370, não fossem aquelas duas épocas negras, nas quais esteve lesionado (1ª época) e foi sempre suplente não utilizado ou não foi convocado (2ª época).

Com efeito, o calvário de Eurico teve início logo na 1ª jornada da época de 1985/86, no Estádio das Antas, frente ao Benfica. Tudo aconteceu num lance fortuito no qual Eurico, num choque casual com Nunes, fracturou uma perna, terminando, de forma dramática, a época para si. Com a época perdida, Eurico falharia também a presença na fase final do Campeonato do Mundo, no México, não conseguindo recuperar a tempo da lesão, de forma a poder ser ainda convocado. Foi, de facto, uma época para esquecer, numa altura em que Eurico se encontrava no apogeu da carreira, apenas com 30 anos, e preparado para mais conquistas ao serviço do F.C. Porto.

A contar para as Competições Europeias de clubes, Eurico efectuou 41 jogos. Ao serviço da Selecção Nacional A, Eurico totalizou 38 internacionalizações (1 golo marcado). A estreia pela Selecção ocorreu a 20 de Setembro de 1978, no estádio do Bonfim, em Setúbal, num jogo particular frente aos EUA (vitória 1-0). A despedida ocorreu a 3 de Abril de 1985, em Ascoli (Itália), também num jogo particular frente à Itália (derrota 0-2). Também na Selecção, Eurico não mais voltou a ser chamado depois da lesão sofrida, facto este que impossibilitou que viesse a atingir um maior número de internacionalizações, consentâneo com o seu valor de titular indicutível da Selecção até então. A propósito, Eurico foi considerado um dos melhores defesas centrais do Campeonato da Europa de 1984, em França, sendo o "patrão" indiscutível da defesa portuguesa.

Como atrás foi referido, na época de 1986/87, embora fizesse parte do plantel do F.C. Porto, Eurico não chegou a efectuar qualquer jogo, nem para o campeonato nacional, nem para as competições europeias. Inclusivamente, Eurico não fez parte dos convocados para a final da Taça dos Campeões Europeus, a disputar em Viena (Áustria), frente ao Bayern de Munique, que o F.C. Porto viria, de forma brilhante, a vencer por 2-1.

Na época seguinte, Eurico sai do F.C. Porto, transferindo-se para o Vitória Futebol Clube, e é em Setúbal que se despede do futebol, como jogador, no final da época de 1988/89, então com 33 anos, encerrando, apesar do infortúnio, uma notável carreira de 14 anos, sempre ao mais alto nível.

Eurico é o único jogador do futebol português que se sagrou campeão nacional ao serviço dos 3 "grandes" (Benfica, Sporting e F.C. Porto). Além disso, Eurico será sempre recordado como um dos melhores defesas centrais de sempre do futebol português, na verdade, um jogador de classe internacional que, a par de Humberto Coelho, marcaram uma época no futebol português, sendo, na minha opinião, os dois melhores defesas centrais portugueses das décadas de 70 e 80.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Humberto Coelho - "O Beckenbauer Português" (1950)

NOME: Humberto Manuel de Jesus Coelho.
NATURALIDADE: Porto.

DATA DE NASCIMENTO: 20 de Abril de 1950.

LUGAR: Defesa central.

CLUBES REPRESENTADOS: Ramaldense, Benfica, Paris Saint-Germain (França) e Las Vegas Quicksilver (EUA).

CURRÍCULO/PALMARÉS (ao serviço do Benfica):

- 8 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: 1968/69, 1970/71, 1971/72, 1972/73, 1974/75, 1980/81, 1982/83 e 1983/84 (época incompleta).

- 6 vezes vencedor da Taça de Portugal: 1968/69, 1969/70, 1971/72, 1979/80, 1980/81 e 1982/83.

- 1 vez vencedor da Supertaça: 1979/80.

- Finalista vencido da Taça UEFA, em 1982/83: Anderlecht (Bélgica) - 1 / Benfica - 0; Benfica - 1 / Anderlecht (Bélgica) - 1.

CARREIRA E CURIOSIDADES:

Humberto Coelho é considerado um dos melhores defesas centrais europeus do seu tempo (décadas de 70 e 80), tendo ficado conhecido como "O Beckenbauer Português", dadas as suas enormes qualidades físicas, técnicas e tácticas, aliadas a uma forte capacidade de liderança. Humberto Coelho foi, durante mais de 10 anos, o "patrão" da defesa, quer no Benfica, quer na Selecção Nacional.

Humberto Coelho esteve durante 14 épocas ao serviço do Benfica (entre 1968/69 e 1974/75; 1977/78 e 1983/84), tendo realizado um total de 496 jogos (76 golos), 355 dos quais a contar para o Campeonato Nacional (56 golos). Disputou, ainda, 71 jogos a contar para as Competições Europeias de clubes, tendo apontado 4 golos.

Durante duas épocas (1975/76 e 1976/77), Humberto Coelho jogou no Paris Saint-Germain (França), ao serviço do qual efectuou 48 jogos, tendo marcado 2 golos. Jogou ainda, alguns meses, no Las Vegas Quicksilver (EUA), tendo aí realizado 22 jogos e apontado 2 golos. Após essa curta experiência no futebol dos "States", Humberto Coelho regressa definitivamente a Portugal e ao Benfica, onde terminará a carreira.

Humberto Coelho foi 64 vezes internacional pela Selecção Nacional A, igualando as internacionalizações de Eusébio. Quando Humberto Coelho se despediu da Selecção, ele e Eusébio eram os dois jogadores portugueses mais internacionais de sempre. Ao serviço da Selecção marcou 6 golos. A estreia ocorreu a 27 de Outubro de 1968 no Estádio da Luz, em Lisboa, frente à Roménia (vitória 3-0) e o último jogo foi disputado a 27 de Abril de 1983, em Moscovo, frente à URSS (derrota 0-5).

No início da década de 80, Humberto Coelho foi convocado duas vezes para a Selecção da Europa, tendo sido titular de ambas as vezes. No final de 1983, então com 33 anos, Humberto Coelho fez a despedida do Benfica, como jogador, após ter sofrido uma lesão grave, encerrando uma brilhante carreira de 16 anos (14 dos quais de "águia ao peito"), tornando-se num dos jogadores do Benfica e do futebol português com mais jogos efectuados, quer no Campeonato Nacional, quer nas Competições da UEFA.