quarta-feira, 21 de maio de 2008

Oliveira - "O artista genial" (1952)

NOME: António Luís Alves Ribeiro Oliveira.

NATURALIDADE: Penafiel.

DATA DE NASCIMENTO: 10 de Junho de 1952.

LUGAR: Médio ofensivo.

CLUBES REPRESENTADOS: F.C. Porto, Bétis de Sevilha (Espanha), Penafiel, Sporting e Marítimo.


CURRÍCULO/PALMARÉS:

- 3 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: ao serviço do F.C. Porto (1977/78 e 1978/79); ao serviço do Sporting (1981/82).

- 2 vezes vencedor da Taça de Portugal: ao serviço do F.C. Porto (1976/77); ao serviço do Sporting (1981/82).

- 1 vez vencedor da Supertaça "Cândido de Oliveira": ao serviço do Sporting (1981/82).


CARREIRA E CURIOSIDADES:


Oliveira foi, indiscutivelmente, um dos mais geniais jogadores portugueses de sempre e, provavelmente, o mais genial de todos os que passaram pelo F.C. Porto, clube onde iniciou a sua carreira de futebolista de craveira ímpar. A carreira de Oliveira no Campeonato Nacional prolongou-se ao longo de 16 épocas, entre 1970/71 e 1985/86, totalizando 295 jogos efectuados e 107 golos marcados.

Ao serviço do F.C. Porto, Oliveira jogou durante 10 épocas (entre 1970/71 e 1979/80), tendo realizado 200 jogos e marcado 70 golos. A seguir, jogou durante uma época (1980/81) no Penafiel, tendo disputado 22 jogos e apontado 10 golos. No Sporting jogou durante 4 épocas (entre 1981/82 e 1984/85, a última delas incompleta), tendo efectuado 66 jogos e marcado 27 golos. Na época seguinte, ainda jogou no Marítimo, tendo apenas disputado 7 jogos.

A contar para as Competições Europeias de clubes, Oliveira disputou 39 jogos tendo apontado 14 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, totalizou 24 internacionalizações tendo marcado 7 golos. A estreia de Oliveira na Selecção ocorreu a 13 de Novembro de 1974, em Berna, na Suíça, frente à Suíça (derrota 0-3). A despedida aconteceu a 21 de Setembro de 1983, no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, frente à Finlândia (vitória 5-0).

No início da época de 1979/80, Oliveira tenta uma experiência no futebol espanhol, transferindo-se para o Bétis de Sevilha. Porém, esta permanência em terras espanholas viria a redundar numa experiência falhada, desagradável e infeliz, pois Oliveira nunca se adaptou, quer ao clube, quer ao país vizinho, declarando-se "um provinciano". Como tal, esteve apenas 6 meses no Bétis, regressando definitivamente a Portugal e concluindo, ainda, aquela temporada novamente no F.C. Porto.

No rescaldo do célebre "verão quente" das Antas, que culminou com a saída de José Maria Pedroto e de Pinto da Costa do F.C. Porto, no início da época de 1980/81, Oliveira sai também do clube incompatibilizado e em litígio com a direcção portista, à época presidida por Américo de Sá. Durante essa época, Oliveira joga no clube da sua terra, o Penafiel, assumindo a dupla função de jogador e treinador e conseguindo alcançar um surpreendente, notável e honroso 10º lugar.

Na época seguinte, Oliveira transfere-se para o Sporting, ao serviço do qual permanece durante 4 épocas. A meio da sua 4ª época de "leão ao peito", em Março de 1985, castigado por inúmeras lesões que teimavam em não o largar, Oliveira rescinde o contrato com o Sporting, alegando não poder render aquilo que estava ao seu alcance e que os sportinguistas esperavam dele.

No dia em que recebeu a triste notícia da morte do seu pai, corria a época de 1982/83, Oliveira realizou o seu melhor jogo ao serviço do Sporting e, provavelmente, uma das melhores exibições de sempre da sua notável carreira. Foi em Setembro de 1982, num jogo a contar para a 2ª mão da 1ª eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, disputado no Estádio José de Alvalade, no qual o Sporting venceu o Dínamo de Zagreb (ex-Jugoslávia) por 3-0. Os 3 golos, qual deles o mais fantástico, foram marcados precisamente por Oliveira, numa exibição magistral só ao alcance dos génios e dos predestinados da bola.

Oliveira despede-se definitivamente do futebol, como jogador, ao serviço do Marítimo, a meio da temporada de 1985/86, prestes a completar 34 anos, encerrando uma longa e brilhante carreira de 16 anos, durante os quais espalhou pelos relvados toda a classe e perfume do seu futebol genial.

Ao longo da sua carreira, Oliveira acumulou por 3 vezes a dupla função de jogador e treinador: durante a época de 1980/81, ao serviço do Penafiel; durante a época de 1982/83, ao serviço do Sporting, substituindo o treinador inglês Malcolm Allison; durante a época de 1985/86, ao serviço do Marítimo.

2 comentários:

Belenenses Ilustrado - disse...

Prezado Amigo,
Aceite os mais sinceros e calorosos parabéns pelo seu excelente Blog.
Como também sou colecionador, dos mesmos “materias’ que o amigo coleciona, caso tenha interesse em trocar algo repetido...é só contactar.
Um abraço e Felicidades.

ALEXANDRE disse...

Obrigado, amigo, pelas suas amáveis palavras. Também acho o seu blogue excelente, como aliás já tive oportunidade de o expressar na visita recente que fiz ao seu Belenenses Ilustrado. De momento, não tenho materiais repetidos para troca, mas quando tiver alguma coisa, contactá-lo-ei. Adeus e até breve.