segunda-feira, 30 de agosto de 2010

JORDAN, Michael (EUA, Basquetebol)

Michael Jeffrey Jordan, nascido a 17 de Fevereiro de 1963, no estado norte-americano da Carolina do Norte, foi um dos maiores basquetebolistas norte-americanos de todos os tempos, sendo, inclusivamente, considerado o melhor de sempre da História do basquetebol.
Em 1982, então com 19 anos, Michael Jordan sagrou-se campeão da NCAA, ao serviço da Universidade da Carolina do Norte, sendo logo a seguir chamado a representar, pela 1ª vez, a selecção norte-americana, participando, em Genebra (Suíça) e em Budapeste (Hungria), numa prova destinada à comemoração do cinquentenário da FIBA.
Dois anos mais tarde, em 1984, Michael Jordan é convocado para a selecção dos EUA que vai disputar o torneio olímpico de basquetebol nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. É precisamente neste torneio que Michael Jordan mostra ao Mundo as suas fantásticas qualidades de autêntico fora de série.
Com efeito, nos Jogos Olímpicos de 1984, Michael Jordan salta definitivamente para a ribalta, fazendo, já nessa altura, prever que se iria tornar, a curto prazo, no melhor basquetebolista do século XX.
Nos Jogos de Los Angeles, este jogador de 1,98 metros e 89 quilos, marcou uma média de 17,7 pontos por jogo, tendo-se destacado pela rapidez, habilidade, inteligência, espírito competitivo e poder de salto. Os seus inigualáveis voos em direcção ao cesto passaram a ser a sua imagem de marca, cuja característica lhe deram o apelido de "air Jordan"!
Na final do torneio olímpico, os EUA venceram facilmente a Espanha por um resultado esmagador de 96-65 e Michael Jordan sagrava-se, assim, pela 1ª vez, campeão olímpico, cuja proeza iria repetir 8 anos mais tarde.
Em 1983 e 1984, Michael Jordan foi eleito o melhor jogador do ano da modalidade pela prestigiada revista Sporting News e designado para o All American First Team.
Após os Jogos Olímpicos de Los Angeles, Michael Jordan aderiu ao profissionalismo, entrando na famosa NBA em representação dos Chicago Bulls. Durante 9 épocas consecutivas, entre 1985 e 1993, Michael Jordan bateu um número impressionante de recordes e projectou os Bulls para 3 títulos da NBA consecutivos, em 1991, 1992 e 1993.
No final deste último ano, Michael Jordan retirou-se temporariamente da competição. Um ano antes, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, Michael Jordan voltou a sagrar-se campeão olímpico da modalidade, integrando o célebre Dream Team dos EUA, cuja equipa passeou toda a sua classe e superioridade em Barcelona, batendo na final do torneio a Croácia por 118-85.
Após uma breve pausa de pouco mais de um ano, na qual viveu, durante 17 meses, uma experiência pouco feliz no Basebol, em Abril de 1994 (já na 2ª metade da época), Michael Jordan regressou ao basquetebol e ao Chicago Bulls.
Ao contrário do que, eventualmente, se poderia pensar, aquela curta paragem não retirou a Michael Jordan quaisquer das enormes qualidades que o notabilizaram como basquetebolista de craveira excepcional. A comprovar esta afirmação, está o facto de, uma vez mais, "air Jordan" ter levado os Bulls à conquista de mais 3 títulos consecutivos da NBA , em 1996, 1997 e 1998, elevando, assim, para 6 o número de títulos conquistados na mais competitiva liga mundial de desportos colectivos.
Em 1999, então com 36 anos, Michael Jordan abandonou definitivamente o basquetebol, encerrando uma fantástica carreira que o coroou como o maior basquetebolista do mundo do século XX. As marcas e os recordes alcançados por "air Jordan", ao longo de uma brilhante carreira de 15 anos na NBA, ficam para a eternidade. Vejamos, então, o incrível palmarés do atleta que chegou a ser, nos anos 90, o desportista mais bem pago do mundo:
- 6 títulos da NBA (1991, 1992, 1993, 1996, 1997 e 1998);
- bicampeão olímpico de basquetebol (1984 e 1992);
- 10 vezes o melhor marcador (7 delas consecutivas) da NBA;
- 5 vezes MVP da NBA e 6 vezes MVP das finais;
- 13 vezes seleccionado para o All Star Game (3 delas MVP);
- 1º e único jogador a realizar um triplo-duplo no All Star Game;
- média de 21,1 pontos por jogo no All Star Game;
- 3041 pontos obtidos numa época;
- 69 pontos obtidos num jogo e 63 pontos obtidos numa partida dos play-offs;
- média de 32 pontos no total de jogos efectuados e média de 41 pontos por jogo numa final;
- 23 pontos consecutivos obtidos numa partida;
- 17 assistências num encontro, 10 roubos de bola num jogo e 6 desarmes de lançamento numa partida.
Michael Jordan ainda regressou à NBA, 1º como dirigente e co-proprietário dos Washington Wizards, depois como jogador da equipa, tendo realizado duas épocas em que, embora não rendendo o mesmo de outros tempos, jogou, ainda assim, a um nível elevado.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

JOHNSON, Michael (EUA, Atletismo)

Michael Duane Johnson, nascido a 13 de Setembro de 1967, em Dallas, no Estado do Texas (EUA), foi um dos maiores atletas norte-americanos de todos os tempos e o maior especialista mundial de sempre de 200 e 400 metros.
Michael Johnson foi a grande "estrela" dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, ao tornar-se no 1º atleta da História dos Jogos Olímpicos a vencer as provas de 200 e 400 metros numa mesma edição dos Jogos. Além deste feito, o atleta norte-americano bateu, em Atlanta, o recorde do Mundo de 200 metros, sendo que, o anterior recorde remontava a 1979, então obtido pelo atleta italiano Pietro Mennea. Este recorde que já tinha 17 anos foi baixado para o fantástico tempo de 19,32 segundos. Esta marca perdurou durante 12 anos (entre 1996 e 2008) na posse de Michael Johnson, uma vez que somente a 20 de Agosto de 2008 viria a ser superada pelo atleta jamaicano, Usain Bolt.
Quatro anos mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000, Michael Johnson tornou-se, igualmente, no 1º atleta a conquistar 2 títulos olímpicos consecutivos na prova de 400 metros, repetindo na pista australiana a vitória obtida 4 anos antes na pista de Atlanta.
Em 1996, à partida para os Jogos Olímpicos de Atlanta, Michael Johnson, então prestes a completar 29 anos, apresentava-se já com um palmarés invejável, do qual faziam parte 6 títulos mundiais, repartidos igualmente por 3 provas: duas medalhas de ouro conquistadas nos 200 metros, outras duas medalhas de ouro alcançadas nos 400 metros e ainda mais duas medalhas de ouro obtidas na estafeta de 4 x 400 metros.
Para além do sucesso anteriormente alcançado em Campeonatos do Mundo de Atletismo, o atleta norte-americano surgiu em Atlanta, exibindo 55 vitórias consecutivas nos 400 metros, sendo, ainda, detendor de 7 dos 10 melhores tempos de sempre nesta distância. Não espantou, portanto, as vitórias alcançadas por Michael Johnson no duplo hectómetro e na volta à pista.
Michael Johnson havia participado, pela 1ª vez, numa edição dos Jogos Olímpicos, nos Jogos de Barcelona, em 1992. Porém, apesar de ser um dos grandes favoritos à vitória nas provas de 200 e 400 metros destes jogos, o atleta norte-americano viria a ter uma presença frustrante, apenas conquistando uma medalha de ouro na estafeta de 4 x 400 metros.
Tal prestação infeliz de Michael Johnson na pista de Barcelona ficou a dever-se a um desarranjo intestinal provocado por uma intoxicação alimentar, que o debilitou fisicamente, ao ponto de o ter, inclusivamente, impedido de ser finalista naquelas duas provas. Aliás, já em 1988, Michael Johnson havia sido perseguido pelo azar, ao fracturar uma perna no início da época, que o impediu de estar presente nos Jogos Olímpicos de Seul.
Durante os anos seguintes aos Jogos Olímpicos de Atlanta, Michael Johnson continuou a dominar os 400 metros, conquistando nesta distância mais 3 títulos mundiais (2 individuais e 1 colectivo). Em 1999, o atleta norte-americano alcançou um novo recorde do mundo, o seu 2º, desta vez nos 400 metros, com o tempo de 43,18 segundos, o qual ainda se mantém em seu poder até hoje. Também detém o recorde mundial da estafeta de 4 x 400 metros, com o tempo de 2 minutos e 54,2 segundos.
Só para se ter uma pequena ideia da supremacia evidenciada por Michael Johnson, ao longo da sua carreira, nos 200 e, sobretudo, nos 400 metros, basta dizer que este correu 11 vezes os 200 metros abaixo dos 20 segundos e correu 16 vezes os 400 metros abaixo dos 44 segundos.
Ao longo de uma década ao mais alto nível, Michael Johnson conquistou 13 medalhas de ouro, 4 delas conquistadas em 3 edições dos Jogos Olímpicos e 9 conquistadas em 5 edições de Campeonatos do Mundo de Atletismo, como a seguir se indica, por ordem cronológica das respectivas competições:

Campeonato do Mundo (Tóquio - 1991): medalha de ouro (200 metros);
Jogos Olímpicos (Barcelona - 1992): medalha de ouro (estafeta 4 x 400 metros);
Campeonato do Mundo (Estugarda - 1993): duas medalhas de ouro (400 metros e estafeta 4 x 400 metros);
Campeonato do Mundo (Gotemburgo - 1995): 3 medalhas de ouro (200 e 400 metros e estafeta 4 x 400 metros);
Jogos Olímpicos (Atlanta - 1996): duas medalhas de ouro (200 e 400 metros);
Campeonato do Mundo (Atenas - 1997): medalha de ouro (400 metros);
Campeonato do Mundo (Sevilha - 1999): duas medalhas de ouro (400 metros e estafeta 4 x 400 metros);
Jogos Olímpicos (Sidney - 2000): medalha de ouro (400 metros).

sábado, 22 de maio de 2010

JOHNSON, Magic (EUA, Basquetebol)

Magic Johnson exibe orgulhoso a medalha de ouro
conquistada pelo Dream Team nos Jogos Olímpicos
de Barcelona, em 1992.

Earvin Johnson Jr. nascido, a 14 de Agosto de 1959, em Lansing, no estado de Michigan (EUA), foi um dos maiores basquetebolistas norte-americanos de todos os tempos e um dos melhores bases da História da NBA.
Desde cedo, que Earvin Johnson começou a revelar o seu enorme talento e as suas extraordinárias aptidões físicas e técnicas para a prática do basquetebol. O apelido de "mágico" pelo qual viria, futuramente, a ser conhecido no mundo do basquetebol foi-lhe atribuído por um jornalista, quando Earvin contava apenas 15 anos.
No campeonato da NCAA (liga universitária norte-americana), em representação da Universidade de Michigan, Magic Johnson rubricou exibições brilhantes, tendo-se sagrado campeão da NCAA.
Em 1979, então com 20 anos, Magic Johnson entrou na célebre liga profissional dos Estados Unidos (NBA), para representar os Lakers de Los Angeles. A 1ª temporada constituiu, para Magic Johnson, o cumprimento de mais uma etapa rumo ao estrelato, pois logo no seu 1º ano como basquetebolista profissional, foi eleito para integrar um dos "cincos iniciais" do All-Star Game, facto inédito, pois era a 1ª vez na História da NBA que um estreante obtinha tal distinção.
Na temporada seguinte, venceu o 1º dos seus 5 títulos da NBA, realizando uma final fantástica contra os 76'ers de Filadélfia. Nas épocas seguintes, Magic assumiu-se definitivamente como um dos principais "trunfos" da sua equipa, levando os Lakers a afirmarem-se como a grande equipa da década de 80, sucedendo aos Celtics, do seu rival e amigo, Larry Bird.
A ligação de Magic Johnson aos Lakers de Los Angeles durou 13 anos, entre 1979 e 1991. Em 11 deles, conseguiu o acesso ao All-Star Game, em 5 épocas conquistou o título da NBA (1980, 1982, 1985, 1987 e 1988), em 3 temporadas foi eleito o melhor jogador da NBA (1987, 1989 e 1990) e em outras tantas, foi considerado o MVP (jogador mais valioso) das finais (1980, 1982 e 1987).
Em 1991, já com 32 anos, mas ainda na plenitude das suas fantásticas capacidades, Magic Johnson chocou o Mundo ao anunciar que era seropositivo. Contudo, até na forma como conseguiu enfrentar e ultrapassar esta terrível doença, Magic mostrou ser um campeão fora de série.
A comprovar a sua força psicológica, está o facto de ter continuado em competição, sendo, inclusivamente, integrado na selecção olímpica norte-americana que brilhou, como nunca outra selecção o havia feito antes, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.
Com efeito, Magic Johnson foi uma das "estrelas" do famoso Dream Team que encantou o mundo do basquetebol, na companhia de Larry Bird, John Stockton, Patrick Ewing, Karl Malone, David Robinson, Clyde Drexler, Charles Barkley, Scottie Pippen e Michael Jordan, indiscutivelmente, a maior "constelação de estrelas" que existiu até hoje na História do Basquetebol Olímpico e Mundial.
Após se ter retirado por alguns anos, Magic Johnson regressou ao basquetebol e à sua equipa de sempre, os Lakers, em 1996, mas apenas por breves 5 meses, abandonando, definitivamente, a modalidade que o consagrou à escala planetária, como um dos seus maiores praticantes do século XX. A partir de então, continuou ligado ao desporto, mais concretamente, a acções e campanhas de divulgação/sensibilização, prevenção e combate da SIDA, cuja doença não o impediu de vencer e de continuar a viver, até hoje.

sábado, 8 de maio de 2010

Benfica - 2º classificado (Época 1977/78)

Em 1978, a "Fosforeira Portuguesa - Espinho" voltou a lançar mais uma colecção de carteiras de fósforos, desta vez, com o plantel do Benfica, referente à época de 1977/78. A colecção era constituída por 24 carteiras de fósforos, que traziam as fotografias dos 2 técnicos e dos 22 jogadores do plantel benfiquista, sendo que cada carteira trazia 40 fósforos (amorfos) e custava 9 tostões (90 centavos).

De cima para baixo e da esquerda para a direita: John Mortimore (treinador inglês), Rui Silva (treinador adjunto e preparador físico); Bento (g.r.), José Henriques (g.r.), Fidalgo (g.r.), Bastos Lopes, Humberto Coelho, Eurico, Barros, Alberto, Pietra, Pereirinha, Shéu, Toni, Vítor Martins, Mário Wilson, Celso, Spencer, José Luís, Chalana, Diamantino, Cavungi, Jorge Silva e Nené.

Depois de se ter sagrado campeão nacional durante 3 épocas consecutivas (1974/75, 1975/76 e 1976/77), o Benfica viu interrompida esta série vitoriosa na temporada de 1977/78, não conseguindo conquistar o tão desejado tetracampeonato. O responsável por este facto foi o F.C. Porto que, ao fim de 18 anos de "jejum", voltou a sagrar-se campeão nacional, sob o comando de José Maria Pedroto.
Este campeonato foi, aliás, bastante equilibrado e renhido, sendo disputado "palmo a palmo", até à última jornada, por "Dragões" e "Águias". Ambas as equipas terminaram a prova empatadas com 51 pontos cada, porém, o desempate favoreceu os portistas, devido ao seu melhor goal-average.
A nível futebolístico, a temporada de 1977/78 foi, para o Benfica, uma época para esquecer, apesar da equipa encarnada ter terminado o campeonato sem qualquer derrota. Acontece, no entanto, que acabou por não ganhar qualquer troféu, pois, enquanto o F.C. Porto conquistou o título de campeão nacional, o Sporting venceu a Taça de Portugal, derrotando, numa finalíssima, precisamente o F.C. Porto, por 2-1 (após 1-1 no 1º jogo da final).
Também ao nível das competições europeias de clubes, o Benfica foi eliminado, nos quartos-de-final da Taça dos Campeões Europeus, pela forte equipa inglesa do Liverpool, a qual viria, aliás, a conquistar o prestigiado troféu.

domingo, 11 de abril de 2010

JAIRZINHO (Brasil, Futebol)

Jair Ventura Filho, nascido a 25 de Dezembro de 1944, em Caxias (Brasil), foi um dos maiores futebolistas brasileiros de todos os tempos e um dos melhores avançados de sempre da História da selecção brasileira, tendo feito parte do célebre "escrete canarinho" que encantou e deslumbrou o mundo do futebol, sagrando-se tricampeão mundial no Campeonato do Mundo do México, em 1970.
Com efeito, Jair, mundialmente conhecido, no meio futebolístico, por Jairzinho, foi uma das principais figuras do Brasil no "Mundial" de 1970, tendo sido um dos vários jogadores brasileiros que ficaram imortalizados na História do Campeonato do Mundo de Futebol. Aliás, essa selecção brasileira do México-70 é considerada, por muitos especialistas, jornalistas, comentadores, treinadores, jogadores e adeptos, como a melhor selecção de sempre dos "Mundiais" de futebol.
Na verdade, Jairzinho foi um autêntico "astro" do futebol mundial do seu tempo, tendo rubricado grandes exibições ao serviço, sobretudo, do Botafogo e do "escrete canarinho". Para além das suas extraordinárias qualidades como futebolista, dotado de uma grande capacidade física, um remate poderoso, velocidade e capacidade técnica acima da média, Jairzinho destacou-se sempre pela regularidade exibicional revelada, nomeadamente, em representação da selecção brasileira.
Na verdade, Jairzinho teve uma passagem brilhante pela selecção "canarinha", possuindo, inclusivamente, 2 recordes notáveis, difíceis de superar e até de igualar. Assim, no que diz respeito à sua presença em jogos da fase final do "Mundial", Jairzinho alinhou em todas as 16 partidas que o Brasil efectuou nas fases finais dos "Mundiais" de Inglaterra-1966 (3 jogos), México-1970 (6 jogos) e Alemanha-1974 (7 jogos), marca esta nunca igualada. Além disso, no "Mundial" do México-1970, Jairzinho marcou golos em todos os 6 jogos que disputou, proeza esta que constitui recorde a nível mundial. Apesar deste feito, o avançado alemão Muller sagrou-se o melhor marcador da competição, com 10 golos, mais 3 que os apontados por Jairzinho.
Quando cedo despontou ao serviço do Botafogo, Jairzinho foi logo considerado o sucessor de Garrincha. Em 1964, com apenas 20 anos, Jairzinho estreou-se na selecção brasileira, tendo ainda durante 2 anos jogado com o seu grande ídolo. Dois anos mais tarde, Jairzinho, então com 22 anos, marcou presença no seu 1º "Mundial", em Inglaterra-1966. Contudo, a campanha realizada pelo "escrete" foi um autêntico fracasso, não conseguindo sequer passar da fase de grupos, ao sofrer duas derrotas, diante de Portugal e da Hungria.
Quatro anos mais tarde, no "Mundial" do México", o Brasil redimiu-se, efectuando uma campanha sensacional, obtendo só vitórias em todos os jogos realizados, conduzindo-o ao título mundial, ao vencer, na final, a Itália, por 4-1 (3º golo da autoria de Jairzinho). Jairzinho foi o marcador de serviço da selecção, com 7 golos, realizando grandes exibições e sendo, naturalmente, uma das principais figuras do Brasil, não ficando a dever nada às restantes "estrelas canarinhas", como Rivelino, Tostão, Gerson, Carlos Alberto e até Pelé.
Posicionado em campo como extremo direito, Jairzinho destacou-se pela sua forma peculiar de jogar, caracterizada por arrancadas fulgurantes e cavalgadas impetuosas pelo lado direito, as quais culminavam com remates fortíssimos e colocados. Por este motivo, Jairzinho ficou justamente celebrizado, no "Mundial" do México de 1970, por "O Furacão da Copa".

Uma das "equipas-maravilha" do Brasil no "Mundial" do México-1970.
Jairzinho é o 1º jogador em baixo a contar da esquerda.
Reconhecem-se ainda outros craques brasileiros, como, por exemplo,
Rivelino, Tostão, Pelé, Carlos Alberto (cap.), Félix (g.r.), entre outros.

Na sua 3ª presença num "Mundial", desta feita, na Alemanha, em 1974, Jairzinho, então com 30 anos, era já um jogador amadurecido e bastante experiente, tendo passado a jogar no meio campo, como médio ofensivo. No entanto, apesar das boas exibições realizadas quer por si, quer pela própria selecção, o Brasil seria afastado da final pela Holanda, tendo de contentar-se com a disputa do jogo de atribuição dos 3º e 4º lugares, no qual foi derrotado (1-0) pela Polónia.
Em representação do "escrete canarinho", Jairzinho totalizou 87 internacionalizações, tendo marcado 38 golos, 9 dos quais em "Mundiais".
Ao serviço da selecção brasileira, Jairzinho esteve também presente na MiniCopa de 1972 (Torneio "Independência do Brasil"), em cuja prova também participou Portugal, atingindo a final precisamente com o Brasil. Nessa final bastante disputada e equilibrada entre os dois "países-irmãos", o "escrete canarinho" levou a melhor, vencendo a selecção portuguesa, por 1-0, tendo o golo solitário sido da autoria precisamente de Jairzinho.
Em matéria de conquistas relevantes ao serviço dos clubes por onde passou, Jairzinho venceu vários títulos, dos quais se destacam os seguintes: pelo Botafogo, conquistou a Taça Rio-São Paulo (1966), a Taça do Brasil (1968) e 2 Campeonatos Estaduais do Rio de Janeiro (campeonato "carioca"), em 1967 e 1968; pelo Cruzeiro, conquistou 1 Campeonato Estadual de Minas Gerais (1975) e uma Taça dos Libertadores da América (1976); conquistou ainda 1 Campeonato da Venezuela (1977), pela Portuguesa de Acarígua e 1 Campeonato da Bolívia (1979), pelo Jorge Wilstermann. 
À semelhança de muitos outros grandes futebolistas da América do Sul, também Jairzinho foi fortemente assediado por convites tentadores de clubes europeus, acabando, também ele, por não resistir a uma proposta irrecusável do Olympique de Marselha (França). Porém, o jogador brasileiro não teve uma experiência feliz em França, não se tendo adaptado nem ao país, nem ao clube, nem ao estilo do futebol europeu. Jairzinho acabou por ficar pouco tempo em França, não terminando sequer a temporada de 1974/75. Após problemas disciplinares que envolveram o jogador, este regressou ao Brasil, ingressando, na época seguinte, no Cruzeiro de Belo Horizonte.
Jairzinho viria a terminar a sua brilhante carreira, aos 38 anos, novamente no Botafogo, clube onde nasceu e se projectou para o futebol. Porém, ainda antes de "pendurar" as chuteiras no seu clube do "coração", Jairzinho ainda representou clubes de países vizinhos, concretamente, da Venezuela e da Bolívia, tendo jogado, respectivamente, na Portuguesa de Acarígua e no Jorge Wilstermann, ao serviço dos quais se sagrou campeão dos respectivos países.

sábado, 27 de março de 2010

JABBAR, Abdul (EUA, Basquetebol)

Ferdinand Lewis Alcindor Jr. (nome de baptismo), nascido a 16 de Agosto de 1947, em Nova Iorque, ficou mundialmente conhecido na História do Basquetebol Norte-Americano como Kareem Abdul Jabbar, nome que adoptou quando se converteu ao Islamismo, à semelhança, por exemplo, de Cassius Clay (Mohamed Ali).
Foi já com este novo nome que Jabbar atingiu a fama e a glória, sendo considerado um dos melhores basquetebolistas norte-americanos e mundiais de todos os tempos.
A longa e rica carreira desportiva de Kareem Abdul Jabbar (que chegou a ser o desportista profissional mais bem pago do Mundo) ficou assinalada por inúmeros êxitos e recordes pessoais, dos quais se destacam os seguintes: Atleta mais vezes eleito "Jogador Mais Valioso" (MVP), em 1971, 1972, 1974, 1976, 1977 e 1980; Atleta com mais All-Star Games disputados (1971, 1972, 1973, 1974, 1976, 1977, 1980, 1981, 1984 e 1986); Atleta com mais temporadas realizadas na NBA (20 no total, entre 1969 e 1989); Atleta com mais "contras" efectuados.
Uma das muitas imagens de marca de Kareem, que o tornaram célebre, foi a do lançamento em gancho com arco acentuado (sky hook), técnica "mortífera" para os adversários, que a tornavam ainda mais eficaz devido à sua forte envergadura física (2,16 metros e 98 quilos). Além destas qualidades, Kareem destacava-se, igualmente, pela sua grande habilidade com a bola, rapidez de execução e capacidade de improviso, que culminavam, invariavelmente, com espectaculares lançamentos convertidos em pontos.
Da UCLA (Universidade de Los Angeles) e do Basquetebol Universitário, Kareem transitou, em 1969, para a NBA e para os Milwaukee Bucks, onde jogou até 1975, tendo sido campeão da NBA em 1971. A seguir, transferiu-se para os Los Angeles Lakers, onde voltou a ser, por mais duas vezes (1980 e 1982), campeão da NBA e onde viria a terminar, em 1989, com 42 anos, uma carreira ímpar e inigualável, que fez de Abdul-Jabbar uma lenda do basquetebol mundial, tendo sido eleito, em 1996, um dos 50 melhores jogadores de sempre da NBA.

sábado, 13 de março de 2010

ISO-HOLLO, Volmari (Finlândia, Atletismo)

Volmari Iso-Hollo, nascido a 1 de Maio de 1907, na Finlândia, foi um maiores atletas finlandeses de todos os tempos e um dos melhores fundistas mundiais da década de 30 do século XX.
Iso-Hollo entrou para a História do Atletismo Mundial e, em particular, dos Jogos Olímpicos, ao tornar-se no 1º atleta mundial a conquistar duas medalhas de ouro consecutivas na prova de 3000 metros obstáculos.
Com efeito, tal façanha foi cometida nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1932, e nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. Além da conquista destas duas medalhas de ouro, Iso-Hollo arrecadou mais duas medalhas, uma de prata e outra de bronze, na prova de 10000 metros, respectivamente, nas duas edições dos Jogos de 1932 e 1936.
Ao longo do século XX, sobretudo, durante a 1ª metade do século, o meio fundo e fundo finlandês provou ser, de facto, um dos melhores do Mundo, com o atleta Paavo Nurmi como símbolo máximo de uma grande geração de atletas com especial vocação para as provas de meio-fundo e fundo (3000 metros obstáculos, 5000 metros, 10000 metros, Maratona e corta-mato).
Na década de 30, Volmari Iso-Hollo integrou esse lote de grandes fundistas finlandeses que conquistaram a maior parte das medalhas em disputa nas provas de meio fundo e fundo dos Jogos Olímpicos das décadas de 20 e 30 do século XX.
Só mais tarde, já nos anos 70, voltaria a surgir outro "fenómeno" finlandês, um atleta fantástico de excepcional categoria, chamado Lasse Viren.
No total das suas duas participações nos Jogos Olímpicos, Iso-Hollo venceu 4 medalhas, duas de ouro na prova de 3000 metros obstáculos, a sua grande especialidade, e mais duas (uma de prata e outra de bronze) na prova da légua, provando, assim, tratar-se de um atleta de extraordinária capacidade físico-atlética.
A 23 de Junho de 1969, com 62 anos, Volmari Iso-Hollo falecia, deixando de luto o atletismo finlandês, do qual, Iso-Hollo havia sido um dos seus praticantes mais ilustres.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

INDURAIN, Miguel (Espanha, Ciclismo)

Miguel Larraya Indurain, nascido a 16 de Julho de 1964, em Villava, na província espanhola de Navarra, foi o maior ciclista espanhol de todos os tempos e um dos melhores corredores do mundo velocipédico do século XX.
Miguel Indurain foi o 4º ciclista mundial a entrar no lote restrito dos ciclistas que venceram 5 edições da Volta à França, tendo o ciclista espanhol sido o 1º a fazê-lo de forma consecutiva, entre 1991 e 1995. Só alguns anos mais tarde, no início do século XXI, é que o ciclista norte-americano Lance Armstrong ultrapassou aqueles 4 corredores em número de vitórias no Tour, alcançando 7 triunfos consecutivos!
Indurain era uma autêntica "máquina humana", um atleta com extraordinárias capacidades físicas inatas e com excepcionais potencialidades atléticas, que o tornavam, de facto, num ciclista sobredotado do ponto de vista físico-atlético. Tais características, não só inatas mas trabalhadas ao longo de vários anos de treino intenso e exigente, fizeram de Indurain um ciclista completo e quase invencível, sendo um excelente rolador, praticamente imbatível em contra-relógio, mas igualmente um trepador de grande qualidade.
De entre os maiores ciclistas mundiais de todos os tempos, Indurain tornou-se no único, até hoje, a alcançar o título olímpico na especialidade de contra-relógio, tendo tal feito sido conquistado nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, precisamente o ano em que o ciclista espanhol "pendurou" a bicicleta.
Após se ter sagrado, em 1983, campeão espanhol de amadores, Indurain assumiu, com 21 anos, o profissionalismo, em 1985. Entre esse ano e 1990 (ano em que ficou em 10º lugar no Tour), o ciclista espanhol participou em 6 edições da Volta à França, cumprindo, durante esse período de tempo, uma longa etapa de aprendizagem e de evolução antes da obtenção do seu 1º triunfo na grande corrida francesa, em 1991, ao qual se seguiriam mais 4 triunfos nos 4 anos seguintes.
Com efeito, foram 5 anos de completo domínio e de superioridade incontestável, por parte de Indurain, sobre toda a concorrência, na mais importante competição velocipédica mundial. Para tal, não foi alheia a programação e preparação meticulosas daquelas épocas, feitas apenas em função do Tour, tendo Indurain apostado, quase única e exclusivamente, nesta prova, com os resultados que se conhecem.
Para além dos 5 triunfos alcançados no Tour e da medalha de ouro conquistada nos Jogos de Atlanta, Indurain foi, igualmente, recordista do Mundo da hora (53,040 km), campeão do Mundo de contra-relógio, na Colômbia, em 1995, obteve duas vitórias consecutivas no Giro, em 1992 e 1993, sendo, ainda, 3º classificado em 1994.
No fabuloso palmarés desportivo de Indurain, só faltou o triunfo na Vuelta e o título de Campeão do Mundo de estrada, cujas vitórias estiveram, aliás, muito perto de ser alcançadas, já que o ciclista espanhol ficou em 2º lugar na Volta à Espanha, em 1991, e em 2º e 3º lugares, respectivamente, no "Mundial" de Estrada de 1993 e 1991. Induraim também nunca chegou a vencer nenhuma das famosas "clássicas de um dia".
Em 1996, depois de ter falhado aquela que seria a sua 6ª vitória no Tour, ficando em 2º lugar, atrás do ciclista dinamarquês Bjarne Riis, Miguel Indurain decide, aos 32 anos, abandonar o ciclismo, não sem antes, se tornar Campeão Olímpico em Atlanta na especialidade de contra-relógio.
Chegava, assim, ao fim a carreira fantástica de um dos maiores ciclistas mundiais de sempre do século XX e, provavelmente, do melhor desportista espanhol de todos os tempos.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

HURST, Geoffrey (Inglaterra, Futebol)

Geoffrey Hurst, nascido a 8 de Dezembro de 1941, em Ashter Under Line (Inglaterra), foi um dos grandes avançados do futebol inglês da década de 60, tendo entrado para a História do Campeonato do Mundo de Futebol ao tornar-se no 1º e único jogador até hoje a marcar 3 golos numa final de um "Mundial" de Futebol, mais concretamente, do Campeonato do Mundo de 1966, realizado em Inglaterra.
Com efeito, no jogo da final, realizado no Estádio de Wembley, que colocou, frente a frente, a Inglaterra e a Alemanha, Hurst fez um hat-trick, tendo 2 desses 3 golos sido apontados já no prolongamento, após um empate (2-2) no final dos 90 minutos. Estes 2 golos revelar-se-iam decisivos para o desfecho da partida, conduzindo à vitória da Inglaterra, por 4-2 e garantindo a conquista do título de Campeão do Mundo.
Esta final de 1966 ficou ainda marcada por uma das maiores polémicas da História dos "Mundiais", mais especificamente, pela dúvida que ainda hoje subsiste, passados quase 44 anos, relativamente à validade do 3º golo da Inglaterra (2º apontado por Hurst) obtido na 1ª parte do prolongamento. Na verdade, por mais que se observe a trajectória da bola, com a maior atenção, através de repetições sucessivas em câmara lenta, não se consegue confirmar, com rigor e clareza, se a bola ultrapassou realmente a linha de baliza alemã.
Apesar de ter realizado apenas 3 jogos nesse "Mundial", Hurst desempenhou um papel decisivo na excelente campanha realizada pela Inglaterra rumo ao título mundial. De facto, antes de apontar os 3 golos na final diante da Alemanha, o avançado inglês já tinha marcado outros 2 golos: um, durante a 1ª fase da competição, diante do México e outro, nos quartos-de-final, diante da Argentina, totalizando, assim, 5 golos em 3 jogos disputados.
Hurst voltaria a marcar presença na edição seguinte do Campeonato do Mundo de 1970, realizado no México. Participou novamente em 3 jogos, tendo, desta vez, apontado apenas um golo, durante a 1ª fase, diante da Roménia.
Ao serviço da selecção inglesa, Hurst contabilizou um total de 49 internacionalizações, tendo marcado 24 golos, o que dá uma  excelente média de quase 0,5 golos por jogo. Nas duas edições do "Mundial" em que participou, Hurst marcou 6 golos (1/4 do total) em 6 jogos, à média de 1 golo por jogo.
Geoffrey Hurst era um avançado rápido e bem constituído do ponto de vista físico-atlético, especialmente forte no jogo aéreo e possuidor de um remate fácil com qualquer um dos pés.
Durante 13 anos, mais concretamente, entre 1959 e 1972, Hurst representou o West Ham, ao serviço do qual só lhe faltou conquistar o título de campeão inglês, já que venceu, em 3 anos consecutivos, a Taça de Inglaterra (1964), a Taça das Taças (1965) e a Taça da Liga (em 1966), este último troféu no ano em que se sagrou Campeão do Mundo pela Inglaterra.
Ao serviço do West Ham, clube onde ingressou com apenas 18 anos, Hurst marcou um total de 252 golos em 502 jogos efectuados, o que dá uma bonita média de 0,5 golos por jogo.
Em 1972, prestes a completar 31 anos, Hurst abandonou o famoso clube londrino, ingressando no Stoke City, onde ainda marcaria 37 golos. Na fase descendente da carreira, Hurst ainda se transferiu para o West Bromwich Albion, clube onde viria a encerrar uma carreira de sucesso no futebol inglês, tendo, no seu rico palmarés, apenas ficado a faltar-lhe o título de campeão nacional.
Em 1998, a Rainha de Inglaterra, Isabel II, armou Geoffrey Hurst Cavaleiro do Império Britânico, como reconhecimento justo pelos serviços prestados ao futebol inglês. Porém, a recordação que perdurará para sempre na memória de Hurst será, sem dúvida nenhuma, o saudoso e mítico Estádio de Wembley (já demolido), em cujo relvado conquistou todos os troféus da sua carreira!
Com efeito, Wembley ficará para sempre como o palco eterno dos sonhos deste futebolista imortalizado na História do Futebol Mundial por ser o único, até hoje, a conseguir marcar 3 golos na final de um Campeonato do Mundo!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

HOLYFIELD, Evander (EUA, Boxe)

Evander Holyfield, nascido a 19 de Outubro de 1962, nos EUA, pertence à galeria restrita dos maiores pugilistas norte-americanos e mundiais de todos os tempos.
Depois de ter conquistado a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, Holyfield, então prestes a completar 22 anos, iniciou uma carreira de sucesso como pugilista profissional, que o levou a ser campeão do Mundo de pesos-pesados, pela 1ª vez, em 1990, quando derrotou, por KO, Buster Douglas.
A partir desse momento, Holyfield somou uma série de perdas e recuperações do respectivo título, que o mantiveram por mais de uma década no topo da modalidade.
Em 1992, Holyfield perdeu o ceptro para Riddick Bowe, voltando a recuperá-lo, perante o mesmo adversário, no ano seguinte. Porém, em 1994, voltou a ser destronado, desta vez por Michael Moorer.
Iniciam-se, depois, uma série de confrontos históricos com Mike Tyson. Em Novembro de 1996, Holyfield vence o seu grande rival por KO e sagra-se de novo campeão. A seguir, tem lugar o célebre combate em que Tyson, desesperado e de cabeça perdida, morde e arranca um pedaço da orelha de Holyfield, num acesso de raiva, sendo imediatamente desqualificado do combate.
Até aos 40 anos, Holyfield continuou a perder e a ganhar combates, a ceder, a recuperar e a manter títulos, nas várias federações que regem o profisssionalismo.
No final da sua longa e brilhante carreira, Evander Holyfield apresentava um saldo de 42 combates, com apenas 5 derrotas e 37 vitórias, das quais 25 obtidas por KO.

domingo, 24 de janeiro de 2010

HINES, Jim (EUA, Atletismo)


James Hines, nascido a 10 de Setembro de 1946, em Dumas (EUA), foi um dos maiores velocistas norte-americanos de todos os tempos e um dos melhores de sempre a nível mundial, tendo sido detentor, durante 15 anos, do recorde do mundo dos 100 metros.
Jim Hines tornou-se, durante os Jogos Olímpicos de 1968, realizados na Cidade do México, no primeiro atleta a correr os 100 metros, de forma regulamentar e com cronometragem electrónica, abaixo dos 10 segundos.
Na final da prova dos 100 metros, Jim Hines tinha como adversário principal o seu compatriota Charlie Greene, que havia vencido Hines em 8 das 12 corridas de 100 metros disputadas anteriormente entre os dois.
Porém, na final do hectómetro dos Jogos de 1968, graças a uma partida fulgurante dos blocos (a melhor da sua carreira), Hines embalou para uma vitória indiscutível sobre o seu rival norte-americano, estabelecendo um novo recorde mundial, com a marca de 9,95 segundos. Atrás de Hines, e à frente de Charlie Greene acabaria por ficar o Jamaicano Lennox Miller, com o tempo de 10 segundos.
Só para se ficar com uma pequena ideia da qualidade dos resultados obtidos nestes Jogos de 1968, registe-se que, pela 1ª vez na história de uma grande competição mundial de atletismo, um atleta, mais concretamente, Heinz Erbstosser (ex-RDA) correu uma eliminatória dos 100 metros em 10,20 segundos e, mesmo assim, não conseguiu a qualificação para as meias-finais da prova.
A juntar à medalha de ouro conquistada no hectómetro, Hines viria a alcançar, pouco tempo depois, a 2ª medalha de ouro, desta vez, na estafeta de 4x100 metros.
A marca de 9,95 segundos obtida por Jim Hines apenas viria a ser superada 15 anos mais tarde, pelo também norte-americano Calvin Smith, a 3 de Junho de 1983, com o tempo de 9,93 segundos, numa prova igualmente disputada em altitude.
À semelhança do ocorrido 4 anos antes, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, com outro compatriota seu, no caso Bob Hayes, também Jim Hines abandonou pouco tempo depois o atletismo, assinando um contrato, como profissional, com uma equipa de futebol americano, os Miami Dolphins

domingo, 10 de janeiro de 2010

HINAULT, Bernard (França, Ciclismo)


Bernard Hinault, nascido a 14 de Novembro de 1954, em Yiffiniac (Bretanha), foi um dos maiores ciclistas franceses de todos os tempos e um dos melhores corredores mundiais do século XX.
Bernard Hinault tornou-se no 3º ciclista mundial (2º francês), depois de Jacques Anquetil (França) e Eddy Merckx (Bélgica) a vencer, por 5 vezes, a Volta à França, num total de 9 participações no Tour (entre 1978 e 1986).
Bernard Hinault é, aliás, um dos ciclistas que possui um dos melhores "palmarés" da História do Tour, senão vejamos: além dos 5 triunfos na prova (só o americano Lance Armstrong tem mais vitórias, 7 no total), Hinault vestiu a maillot jaune durante 78 dias (2º ciclista que andou mais dias de amarelo, atrás de Merckx, com 96); venceu 7 etapas numa mesma edição (1979) do Tour (apenas 4 ciclistas venceram 8 etapas numa só edição); venceu 28 etapas (2º ciclista com maior número de etapas ganhas na prova, atrás de Merckx, com 34).
Bernard Hinault venceu, por 10 vezes, as 3 "Voltas" mais importantes do calendário velocipédico mundial: 5 triunfos no Tour (1978, 1979, 1981, 1982 e 1985), 3 triunfos no Giro (1980, 1982 e 1985) e 2 triunfos na Vuelta (1978 e 1983).
Em 1984 e 1986, Hinault foi 2º classificado no Tour, ficando, portanto, apenas por duas vezes, fora do pódio, em 9 presenças, facto este que demonstra, de forma indiscutível, a sua enorme apetência e vocação para a mais dura e importante prova do ciclismo mundial.
Como se pode também verificar, Hinault conseguiu a proeza de vencer a Volta à França e a Volta à Itália duas vezes no mesmo ano (1982 e 1985). O ciclista francês foi, ainda, Campeão do Mundo de Estrada, em 1980 (Sallanche, França) e conquistou o 3º lugar em 1981 (Praga, ex-Checoslováquia).
Bernard Hinault era, de facto, um ciclista completo e de uma regularidade impressionante, tipo "todo-o-terreno", sendo tão bom rolador, como trepador ou contra-relogista. Na verdade, foi a grande capacidade revelada, em provas por etapas, na montanha e, sobretudo, no contra-relógio, que fizeram de Hinault um dos maiores ciclistas de todos os tempos, pertencendo ao grupo restrito (top five), dos melhores corredores de sempre, na companhia de Eddy Merckx, Lance Armstrong, Jacques Anquetil e Miguel Indurain (Espanha).
Ao longo de uma carreira profissional que durou 12 anos, e na qual ganhou tudo o que havia para ganhar, no que diz respeito a todo o tipo de provas velocipédicas, incluindo as "clássicas de um dia" (por exemplo, Paris-Roubaix, Volta à Lombardia, Volta à Flandres, Milão-San Remo), Hinault alcançou um total de 250 vitórias!
Em Novembro de 1986, então com 32 anos, Bernard Hinault deu por encerrada uma brilhante carreira de ciclista, porém, não se desligou do ciclismo, pois passou a integrar os quadros da organização da Volta à França, a sua prova de eleição e a "menina dos seus olhos"!