quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

COPPI, Fausto (Itália, Ciclismo)

Fausto Coppi, nascido em Castellania (Itália), a 15 de Setembro de 1919, foi incontestavelmente o maior ciclista italiano de sempre e um dos melhores corredores mundiais de todos os tempos. Com efeito, graças às extraordinárias proezas cometidas e mercê das inúmeras vitórias conquistadas, Coppi marcou uma época no panorama velocipédico mundial da década de 40 e início da década de 50.
Oriundo de uma família humilde, Coppi teve uma infância difícil, durante a qual passou por dificuldades em termos de carências alimentares, chegando mesmo a sofrer de subnutrição. Porém, estes problemas não o impediram de, desde cedo, entrar em pequenas competições velocipédicas, nas quais demonstrava já uma enorme raça, espírito de sacrifício e muito talento para a prática do ciclismo.
Em 1940, com 20 anos, Coppi ingressa no ciclismo profissional, vencendo, logo no ano de estreia, a primeira das 5 Voltas à Itália (1940, 1947, 1949, 1952 e 1953) que constam do seu rico palmarés, do qual se destacam também o triunfo em duas Voltas à França (1949 e 1952) e a vitória no Campeonato do Mundo de Estrada, em 1953.
Para além das muitas vitórias que Coppi obteve ao longo da sua brilhante carreira, muitas outras ficaram por alcançar, não por ter fracassado ou sido derrotado, mas por não ter podido participar, durante cerca de 4 anos (entre 1942 e 1946), em quaisquer provas de ciclismo, devido ao eclodir da 2ª Guerra Mundial e da consequente entrada do seu país no conflito bélico.
Com efeito, devido à aliança da Itália com as outras duas potências do eixo (Alemanha e Japão), Coppi viu-se obrigado a combater pelo exército italiano, sendo mobilizado para a frente de batalha no norte de África, onde viria a ficar prisioneiro de guerra dos Aliados durante 2 anos.
Ainda em 1942, antes de uma paragem forçada de 4 anos devido à guerra, Coppi batia o recorde da hora, pedalando a distância de 45,871 km, marca esta que só seria melhorada passados 14 anos, pelo ciclista francês Jacques Anquetil, em 1956.
Após o fim do terrível conflito mundial, Fausto Coppi tornou-se definitivamente num dos grandes ídolos desportivos da Itália do pós-guerra, obtendo as suas maiores vitórias a partir de meados da década de 40 até aos primeiros anos da década de 50. Durante este período, ficaram também famosos os emocionantes despiques entre Coppi e o seu compatriota, rival e amigo Gino Bartali, os quais travaram duelos que se tornaram históricos, quer na Volta à Itália, quer na Volta à França.
Fausto Coppi abandonou o ciclismo em 1959, quase a completar 40 anos. Durante cerca de 15 anos de uma carreira recheada de êxitos, o ciclista italiano acumulou vitórias atrás de vitórias, triunfou nas principais provas velocipédicas do seu tempo, abrilhantando um palmarés verdadeiramente notável que o tornaram numa lenda imortal do ciclismo mundial.
Conta-se que, no final de uma corrida ou de uma etapa, após terem sido derrotados, muitos adversários seus chegaram a afirmar várias vezes em jeito de desabafo: "Coppi não é humano!". De facto, que melhor elogio se poderia fazer a um ciclista desta classe, verdadeiramente ímpar e inigualável!
Fausto Coppi viria a falecer prematuramente, a 2 de Janeiro de 1960, com apenas 40 anos de idade, vítima de malária, cuja doença foi contraída numa viagem que tinha feito a África.
Vejamos, a título de curiosidade, os principais triunfos e vitórias que Coppi conquistou ao longo da carreira, o qual, apesar do sucesso alcançado, poderia ter enriquecido ainda mais o seu, já de si notável, palmarés, não fora a interrupção da carreira motivada pela Grande Guerra.
Juntamente com Alfredo Binda (outro grande ciclista italiano das décadas de 20 e 30) e o belga Eddy Merckx, Coppi é o ciclista que mais vezes venceu o Giro, com um total de 5 triunfos. Coppi foi ainda um dos poucos ciclistas a vencer no mesmo ano, o Giro e o Tour, facto este que aconteceu em duas ocasiões, em 1949 e 1952. Antes de ter sido Campeão do Mundo de Estrada, em Lugano (Suíça), em 1953, Coppi já tinha obtido, em 1949, um 3º lugar (medalha de bronze) no Campeonato do Mundo de Estrada, realizado em Copenhaga (Dinamarca). Coppi venceu ainda a "clássica" Milão-São Remo por 3 vezes, a "clássica" Paris-Roubaix uma vez e 5 vezes a Volta à Lombardia, para além de ter batido o recorde da hora.

sábado, 24 de janeiro de 2009

CONNORS, Jimmy (EUA, Ténis)

James Scott Connors, nascido em East St. Louis (EUA), a 2 de Setembro de 1952, foi, não apenas um dos maiores tenistas norte-americanos de todos os tempos, mas também um dos melhores de sempre a nível mundial.
Jimmy Connors, que ficou popularmente conhecido, no mundo do ténis, por "Jimbo", é apontado pela maioria dos especialistas como o maior "lutador", dentro dos courts, da história do ténis, característica esta indissociável de uma personalidade rebelde e irreverente, detentora de um espírito irascível e indomável.
Juntamente com o sueco Bjorn Borg, o romeno Ilie Nastase e o seu compatriota e grande rival John McEnroe, Connors é considerado um dos grandes responsáveis pelo fabuloso salto qualitativo dado pela modalidade, no final dos anos 70, quer em termos de popularidade e de espectáculo, quer na transformação do ténis numa indústria multimilionária, movimentando verbas astronómicas.
A carreira profissional de Connors ficou marcada por uma grande longevidade, tendo durado entre 1972 e 1995. Um bom exemplo disto mesmo é o facto de Connors ter ganho o seu último Open dos Estados Unidos com 31 anos e ter atingido ainda as meias-finais do mesmo torneio, em 1991, então já com 39 anos!
Durante aquele longo período de 24 (!) anos, Connors conquistou, nada mais nada menos, que 109 títulos em singulares, marca esta que, ainda hoje, constitui um recorde, difícil de bater, diga-se de passagem. No que diz respeito aos torneios do Grand Slam, Connors conquistou 8 títulos: venceu por 5 vezes o Open dos Estados Unidos (1974, 1976, 1978, 1982 e 1983), ganhou duas vezes em Wimbledon (1974 e 1982) e venceu por uma vez o Open da Austrália (1974). Só lhe faltou um título em Roland Garros para fazer o pleno nos 4 maiores torneios (majors) do ténis mundial. Tal esteve quase a acontecer, quando, em 1974, um dos "anos de ouro" da carreira de "Jimbo", este venceu o torneio de Wimbledon e os Open's dos Estados Unidos e da Austrália.
Ainda em relação ao Open dos Estados Unidos, sem dúvida, o torneio do qual Jimmy Connors guarda as melhores recordações e onde obteve os maiores triunfos da sua carreira, há a referir a proeza inédita de tê-lo ganho em 3 superfícies diferentes: em relva (1974), em terra batida (1976) e em cimento (1978, 1982 e 1983). Aliás, desde que começou a "era Open" (aberta a tenistas profissionais), "Jimbo" é, juntamente com o seu compatriota Pete Sampras, o tenista que mais vezes venceu o Open americano, com um total de 5 triunfos.
Jimmy Connors foi ainda nº1 do Ranking mundial em 5 anos consecutivos (1974, 1975, 1976, 1977 e 1978), tendo liderado a respectiva tabela durante 160 semanas consecutivas (cerca de 3 anos consecutivos), recorde este apenas batido, há pouco tempo, pelo tenista suíço Roger Federer.
Em matéria de recordes obtidos por Jimmy Connors, há ainda a acrescentar as suas 31 (!) presenças em meias finais de torneios do Grand Slam, num total de 55 (!) torneios disputados. Foram, pois, duas décadas cheias de vitórias, proezas e recordes que fizeram da carreira de "Jimbo" uma das mais brilhantes da história do ténis mundial.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

COMANECI, Nadia (Roménia, Ginástica)

Nadia Comaneci, nascida em Onesti, na Roménia, a 12 de Novembro de 1961, foi uma das maiores ginastas de todos os tempos, senão mesmo a melhor de sempre, tendo sido a primeira a obter a nota máxima (10) num concurso olímpico.
Com efeito, durante os Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976, Nadia Comaneci, então com apenas 14 anos e metro e meio de altura, espantou o mundo do desporto ao rubricar exibições extraordinárias nos diversos concursos em que participou, realizando exercícios perfeitos que, pela primeira vez na história da ginástica, mereceram a atribuição, por parte do Júri, da nota máxima, tendo, por isso, a atleta romena sido apelidada de "a ginasta perfeita".
Nadia Comaneci foi, assim, uma das principais figuras dos Jogos Olímpicos, conquistando 5 medalhas, das quais 3 de Ouro, uma de Prata e uma de Bronze, sendo unanimemente considerada, quer a "Rainha da Ginástica Mundial", quer a "Rainha das Olímpiadas", tendo sido ainda distinguida, nos EUA, a melhor atleta feminina do Ano (1976).
Com apenas 6 anos, quando frequentava a escola pré-primária, o talento de Comaneci foi descoberto por um casal de técnicos, Marta e Bela Karoly, os quais viram nela grandes potencialidades e qualidades inigualáveis para a prática da ginástica.
A comprovar a sua precocidade de "menina-prodígio" e a sua predestinação para a modalidade, com apenas 11 anos, Nadia Comaneci vence os Campeonatos Internacionais da Roménia, reservados, habitualmente, ao escalão sénior. Não espantava, pois, que aos 12 anos, Comaneci reunisse já potencial suficiente para triunfar no Campeonato do Mundo, mas dado não possuir ainda o limite mínimo de idade exigido pela organização, não pôde participar no importante evento mundial.
Porém, em 1975, o mundo da ginástica pôde, finalmente, apreciar o talento de Nadia Comaneci, quando esta participou no Campeonato da Europa, realizado em Skien, na Noruega. Apesar de ter defrontado as duas maiores ginastas soviéticas de então, Ludmila Tourischeva e Nelli Kim, Comaneci venceu o concurso completo individual e 3 finais por aparelhos. Nunca até então, numa grande competição internacional, uma ginasta tão nova obtivera resultados tão bons como aqueles que Comaneci obteve, com apenas 13 anos de idade.
Um ano mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Montreal, Nadia Comaneci superou largamente todas as expectativas, mostrando um virtuosismo nunca antes visto na ginástica, conquistando um total de 5 medalhas: 3 de ouro, no concurso completo individual, na trave e nas paralelas assimétricas; uma de prata, no concurso completo por equipas; uma de bronze, nos exercícios no solo.
Naqueles 2 aparelhos (trave e paralelas assimétricas), Comaneci registou, ao longo do concurso, sete notas máximas! Nunca antes, uma ginasta justificara a classificação 10, destinada a premiar exercícios perfeitos. A atleta romena acabava de fazer história na ginástica, revolucionando por completo a modalidade e justificando plenamente a denominação de "ginasta perfeita".
Nadia Comaneci era, igualmente, uma ginasta completa e versátil, tendo-se tornado também famosa por executar exercícios de elevado grau de dificuldade e de risco, capaz de triunfar em qualquer dos aparelhos. Contudo, as paralelas assimétricas mereceram sempre a preferência da ginasta romena, tendo, entre outros movimentos originais, apresentado naquele aparelho uma descida inovadora que é, inclusivamente, reconhecida, hoje em dia, no código internacional de pontuação, pelo nome da própria ginasta.
Em 1977, no Campeonato da Europa, Comaneci voltou a dominar o panorama da ginástica mundial, mas em 1978, no Campeonato do Mundo, não conseguiu exibir-se ao mesmo nível dos dois anos anteriores, notando-se uma quebra de rendimento por parte da ginasta romena.
Dois anos mais tarde, em Moscovo, Nadia Comaneci marcava novamente presença numa edição dos Jogos Olímpicos, embora, desta vez, não tenha conseguido repetir as exibições dos Jogos de Montreal. Porém, apesar de já estar a caminho dos 19 anos, Comaneci voltaria a conquistar medalhas, destacando-se as duas de ouro obtidas em duas finais por aparelhos, na trave e nos exercícios no solo. A juntar a estes 2 títulos olímpicos, Comaneci arrecadaria ainda mais duas medalhas de prata, no concurso completo individual e no concurso completo por equipas.
Em 1981, depois de ter ganho as Universíadas, Comaneci anuncia o abandono da modalidade, numa altura em que iniciava já a curva descendente da sua fantástica carreira, evidenciando peso a mais e uma menor flexibilidade, a que não era alheia a idade próxima dos 20 anos.
Nadia Comaneci foi a primeira desportista romena a ser distinguida com o título de "Heroína Socialista do Trabalho". A ginasta romena viveu em Bucareste até 1989, ano em que fugiu do seu país, indo viver para a Hungria. Com esta atitude, Comaneci mostrava o seu desprezo e repúdio pelo regime comunista e pelo ambiente de opressão e de exploração que se vivia na Roménia, sob o governo ditatorial e opulento de Nicolae Ceausescu.
Mais tarde, Comaneci fixaria definitivamente residência nos EUA, passando a participar em campanhas publicitárias de várias marcas e em acções de sensibilização e de promoção do desporto, integrando-se, assim, rapidamente na sociedade norte-americana.
Para a posteridade, ficam as medalhas conquistadas, destacando-se as 9 obtidas em Jogos Olímpicos, a perfeição dos exercícios, enfim, os feitos inesquecíveis desta extraordinária atleta que marcou uma época na história do desporto e iniciou uma nova era na ginástica feminina mundial.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

COE, Sebastian (Inglaterra, Atletismo)

Sebastian Coe, nascido em Inglaterra, a 29 de Setembro de 1956, foi o maior atleta britânico de meio-fundo (curto) de todos os tempos e um dos melhores meio-fundistas mundiais de sempre, nas especialidades de 800 e 1500 metros.
Nas duas edições dos Jogos Olímpicos em que participou, em Moscovo (1980) e Los Angeles (1984), Coe conquistou 4 medalhas olímpicas, duas de ouro (ambas na prova de 1500 metros) e duas de prata (ambas na prova de 800 metros), tendo-se tornado no primeiro atleta a conseguir 2 títulos olímpicos consecutivos em 1500 metros.
Para a História do Atletismo e, em particular, dos Jogos Olímpicos, ficam os inesquecíveis duelos e a intensa, mas saudável, rivalidade desportiva entre Sebastian Coe e o seu compatriota Steve Ovett, sem dúvida, os maiores especialistas mundiais de 800 e 1500 metros, do final da década de 70 e início da década de 80.
Ao longo das suas carreiras, Coe e Ovett dividiram entre si os títulos, as vitórias, os recordes, a admiração e o respeito de todos os amantes do atletismo. Com efeito, durante vários anos, assistiram-se a grandes duelos entre estes dois especialistas do meio-fundo curto, mas o momento mais alto e intenso por eles atingido teve lugar nos Jogos Olímpicos de Moscovo, em 1980, competição onde travaram, de facto, o maior duelo das suas carreiras.
O balanço final das suas prestações acabou por se saldar numa presença extremamente positiva para ambos, uma vez que cada um conquistou duas medalhas, incluindo um título olímpico para os dois. Na verdade, Coe triunfou na prova de 1500 metros, na qual Ovett era apontado como favorito e este triunfou na prova de 800 metros, na qual o favoritismo recaía em Coe.
Em 1979, Sebastian Coe dominara, a nível mundial, o meio-fundo curto, tendo, inclusivamente, no curto espaço de 41 dias, batido o recorde do mundo em 3 distâncias: nos 800 metros, nos 1500 metros e na milha. Em 1980, foi a vez de Steve Ovett mostrar todo o seu valor e categoria, ao obter uma série de excelentes marcas, entre as quais avultaram novos máximos mundiais da milha e dos 1500 metros. Durante estes 2 anos, até aos Jogos Olímpicos de Moscovo, Coe e Ovett evitaram medir forças entre si, sendo que a última vez em que se haviam encontrado, durante a final de 800 metros dos Campeonatos da Europa de Atletismo, em 1978, Ovett derrotara Coe, sendo, no entanto, ambos batidos pelo atleta alemão Olaf Bayer.
Portanto, para os Jogos Olímpicos de Moscovo, a expectativa não podia ser mais elevada e as duas distâncias em que os 2 atletas britânicos iriam participar eram das provas mais aguardadas dos Jogos. Os especialistas eram unânimes em apontar o favoritismo de Ovett na prova de 1500 metros, enquanto asseguravam que Coe tinha mais hipóteses na prova de 800 metros. Depois de ambos terem garantido, sem grandes dificuldades, o apuramento, tanto na eliminatória, como na meia-final, os 2 grandes rivais reencontraram-se, por fim, na corrida decisiva dos 800 metros. Numa prova que se revelou extremamente táctica, Ovett realizou uma corrida inteligente, arrancando de forma decisiva para a vitória a 70 metros da meta, tendo Coe que se contentar com o 2º lugar.
Faltavam agora 6 dias para a final da prova de 1500 metros, na qual, apesar de Ovett ser ainda mais favorito, moralizado com a vitória nos 800 metros, Coe procurava a desforra e a conquista da medalha de ouro que lhe havia fugido na final anterior. Com efeito, a tarefa de Coe não se avizinhava nada fácil, ainda para mais, devido ao facto de Ovett registar uma fabulosa série de 42 vitórias consecutivas nos 1500 metros e na milha, série esta iniciada cerca de 3 anos antes.
Contudo, contrariamente a todas as previsões, na final dos 1500 metros surgiu um adversário inesperado para os 2 atletas britânicos. De facto, a luta pela conquista da medalha de ouro foi travada, não entre Ovett e Coe, mas entre Coe e o atleta da RDA, Jurgen Straub. A cerca de 200 metros do final, Straub tinha 4 metros de vantagem sobre Coe e 6 metros sobre Ovett. No entanto, com um final espantoso, Coe consegue ultrapassar o atleta alemão, conquistando a tão desejada medalha de ouro, logo na prova em que Ovett era o favorito, tendo este que se resignar à medalha de bronze, atrás de Straub.
Quatro anos mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, Sebastian Coe e Steve Ovett voltaram a marcar presença no maior evento desportivo mundial. Curiosamente, Coe obteria as mesmas classificações nas mesmas provas dos Jogos de Moscovo, arrecadando, assim, mais duas medalhas a juntar às outras duas conquistadas em 1980. Desta vez, porém, Ovett, afectado por problemas de asma que o obrigaram inclusivamente a ser internado num hospital, não conseguiria alcançar nenhuma posição de destaque, terminando em 8º lugar na final dos 800 metros, ganha pelo atleta brasileiro Joaquim Cruz, e não chegando a concluir a prova de 1500 metros, ganha por Coe.
Para além das 4 medalhas conquistadas em duas edições dos Jogos Olímpicos e das inúmeras vitórias obtidas ao longo da sua brilhante carreira, merecem, ainda destaque, os máximos mundiais que Coe chegou a deter, todos alcançados em 1981, no curto espaço de 3 meses: nos 800 metros (marca de 1.41,73 minutos, obtida a 10 de Junho de 1981, a qual, até ao final do século XX, apenas foi superada por um atleta, o dinamarquês Wilson Kipketer); nos 1000 metros (marca de 2.12,18 minutos, obtida a 11 de Julho de 1981); na milha (marca de 3.47,33 minutos, obtida a 28 de Agosto de 1981).