NOME: Carlos Manuel Correia dos Santos.
NATURALIDADE: Moita.
DATA DE NASCIMENTO: 15 de Janeiro de 1958.
LUGAR: Médio.
CLUBES REPRESENTADOS: CUF, Barreirense, Benfica, Sporting, Boavista e Estoril.
CURRÍCULO/PALMARÉS (ao serviço do Benfica):
- 4 vezes Campeão Nacional da 1ª Divisão: 1980/81, 1982/83, 1983/84 e 1986/87.
- 6 vezes vencedor da Taça de Portugal: 1979/80, 1980/81, 1982/83, 1984/85, 1985/86 e 1986/87.
- 2 vezes vencedor da Supertaça: 1979/80 e 1984/85.
- Finalista vencido da Taça UEFA, em 1982/83: Anderlecht (Bélgica) - 1 / Benfica - 0; Benfica - 1 / Anderlecht (Bélgica) - 1.
- 3º lugar no Campeonato da Europa (França), em 1984.
CARREIRA E CURIOSIDADES:
Ao longo da sua longa e rica carreira, Carlos Manuel representou 6 clubes, tendo sido, porém, ao serviço do Benfica que atingiu maior projecção e notoriedade futebolísticas, tendo aí conquistado vários títulos nacionais. Durante 16 temporadas, Carlos Manuel realizou 371 jogos a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, tendo marcado 51 golos.
A sua estreia na 1ª Divisão aconteceu na época de 1975/76 ao serviço da CUF, tendo disputado 2 jogos ainda com idade de júnior. Em virtude da CUF ter descido de divisão no final daquela época, Carlos Manuel jogou, nas duas épocas seguintes, na 2ª Divisão. Contudo, na época de 1978/79, Carlos Manuel ingressa no Barreirense, efectuando uma excelente temporada com 30 jogos realizados e 2 golos marcados. As suas exibições despertam imediatamente o interesse dos "3 grandes", acabando por se transferir para o Benfica que lhe ofereceu melhores condições salariais.
Durante 9 épocas ao serviço do Benfica (entre 1979/80 e 1987/88, embora esta última incompleta), Carlos Manuel efectuou 215 jogos no Campeonato Nacional tendo apontado 40 golos. Após uma curta passagem de 6 meses pelo Sion (Suíça), no final da época de 1987/88, Carlos Manuel regressa a Portugal ingressando no Sporting, onde, durante duas temporadas, disputa 62 jogos e marca 6 golos. No entanto, não termina a 2ª época, rescindindo o contrato em Abril de 1990, em desacordo com as opções do treinador do Sporting de então, Raúl Águas, que não o incluía no lote de titulares da equipa.
Na época de 1990/91, Carlos Manuel transfere-se para o Boavista onde, durante duas épocas, apenas efectua 17 jogos, vendo-se confrontado com algumas lesões. Já na fase descendente da carreira, Carlos Manuel ainda realiza duas boas temporadas no Estoril (45 jogos e 3 golos), onde terminará a sua carreira de jogador, a meio da segunda época (1993/94), então com 36 anos, passando a treinador da equipa, em substituição de Fernando Santos.
A contar para as Competições Europeias de clubes, Carlos Manuel realizou 49 jogos, tendo apontado 6 golos. Ao serviço da Selecção Nacional A, Carlos Manuel totalizou 42 internacionalizações, tendo marcado 8 golos. A sua estreia na Selecção ocorreu a 26 de Março de 1980, em Glasgow (Escócia), frente à Escócia (derrota 1-4). A despedida, por sinal triste, aconteceu a 11 de Julho de 1986, em Gualajara (México), frente a Marrocos (derrota 1-3), em jogo de má memória, da fase final do Campeonato do Mundo de 1986 no México, no qual Portugal deixaria uma má imagem, sendo eliminado ainda na fase de grupos.
Carlos Manuel fica na história do futebol português, não só pela brilhante carreira que realizou, mas também pelo golo histórico e inesquecível que marcou em Estugarda, frente à Alemanha, no último jogo de apuramento, precisamente, para o Campeonato do Mundo no México. Há 36 anos que a Alemanha não perdia um jogo em sua casa e Portugal para se apurar tinha que vencer obrigatoriamente a selecção alemã. Neste jogo, Carlos Manuel tornou-se um autêntico herói ao apontar, de fora da área, com um remate fortíssimo e colocado, o golo solitário que apurava, pela 2ª vez na história, a Selecção Nacional para a fase final de um Campeonato do Mundo, 20 anos depois do fantástico 3º lugar conquistado pelos "magriços" no Mundial de Inglaterra, em 1966.
Após o "Caso Saltillo", Carlos Manuel abandona definitivamente a Selecção, em litígio com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Silva Resende, não mais voltando a vestir a camisola das "quinas", numa altura em que, com apenas 28 anos, ainda podia dar um longo e valioso contributo à Selecção Nacional, perdendo assim a possibilidade de se tornar num dos jogadores portugueses mais internacionais de sempre.
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