quinta-feira, 27 de março de 2008

"O Bloco Notas de Laszlo Boloni"

TÍTULO: O Bloco Notas de Laszlo Boloni.

AUTORES: Laszlo Boloni e Luis Miguel Pereira (edição de texto).

EDITORA: Booktree, Sociedade Editorial, Lda. (Lisboa), Julho de 2002, 1ª edição.

NÚMERO DE PÁGINAS: 185 páginas.

DIMENSÕES (cm): 15 x 23.

GÉNERO: Autobiográfico.

Laszlo Boloni, treinador do Sporting, faz a análise pormenorizada, jornada a jornada, de uma época de sucesso da sua equipa, culminada com a conquista do Campeonato Nacional, referente à época de 2001/02. Trata-se, pois, do relato, feito na 1ª pessoa, da caminhada do Sporting rumo ao título de campeão nacional, o 18º da sua história. Para tal, Boloni socorre-se dos apontamentos e notas tiradas ao longo da época, antes e durante cada um dos 34 jogos da temporada. Antes, porém, Boloni conta a história da sua contratação, pelo Sporting, passando em revista o estágio de pré-época da sua equipa que precedeu o arranque do campeonato.
Laszlo Boloni nasceu em Tirgu Mures, na Roménia, a 11 de Março de 1953. Foi um dos melhores jogadores de sempre da história do futebol romeno, tendo-se destacado no Steaua de Bucareste, ao serviço do qual foi 4 vezes campeão da Roménia, tendo ainda vencido a Taça dos Campeões Europeus (em 1986, frente ao Barcelona) e a Supertaça Europeia (nesse mesmo ano). Foi 108 vezes internacional pela Roménia.
Como treinador, esteve 6 anos no Nancy (França) e foi seleccionador romeno durante um ano. A seguir, esteve durante duas épocas (2001/02 e 2002/03) no Sporting, tendo-se sagrado campeão nacional logo no 1º ano. Após a sua passagem por Portugal e pelo Sporting, Boloni regressou a França para treinar o Rennes, clube onde esteve durante 3 anos, seguindo-se depois o Mónaco, onde não chegou a terminar a época, tendo regressado então ao seu país, onde actualmente não treina nenhum clube.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Caderneta "Futebol 85" (Agência Portuguesa de Revistas)

Em 1984, a Agência Portuguesa de Revistas, em colaboração com a revista mensal "Ídolos do Desporto" (3ª fase: nova série), editou uma colecção de cromos de jogadores de futebol intitulada "Futebol 85".
Esta colecção era constituída por 192 cromos representativos de 11 jogadores e emblema das 16 equipas que disputaram o Campeonato Nacional de Futebol (1ª Divisão) referente à época futebolística de 1984/85. A caderneta (formato: 23,5 cm x 27 cm) era composta por 16 páginas, sendo que cada página trazia 12 cromos de cada equipa.
Como curiosidade, refira-se que os 192 cromos desta colecção não saíram, como era habitual, em saquetas/carteiras, tendo antes sido publicados em 5 exemplares da revista "Ídolos do Desporto". Os cromos tinham que ser previamente recortados, das folhas onde vinham dispostos, pelo tracejado e depois colados apenas na parte de cima (até ao pontuado assinalado no verso do cromo), no respectivo espaço da caderneta reservado ao número do cromo. Tudo isto para que se pudesse levantar ligeiramente o cromo e ler, no seu verso, alguns dados biográficos respeitantes ao jogador em causa.
Cada cromo (formato: 5 cm x 7 cm) reproduzia a foto a cores, nem sempre de boa qualidade, do respectivo jogador, a maioria deles em meio corpo, mas alguns (poucos) cromos traziam uma foto da cara ligeiramente mais ampliada. Refira-se ainda que alguns cromos traziam incorrecções, uma vez que o nome que vinha escrito no cromo não correspondia ao jogador da foto.
As 16 equipas que vinham representadas na caderneta eram as seguintes: Sport Lisboa e Benfica (campeão em título), Futebol Clube do Porto, Sporting Clube de Portugal, Sporting Clube de Braga, Vitória Futebol Clube (de Setúbal), Vitória Sport Clube (de Guimarães), Boavista Futebol Clube, Varzim Sport Clube, Rio Ave Futebol Clube, Portimonense Sport Clube, Sport Comércio e Salgueiros, Sporting Clube Farense, Futebol Clube de Penafiel, Clube de Futebol Os Belenenses, Futebol Clube de Vizela, Associação Académica de Coimbra.
A título de curiosidade, refira-se que, no final dessa época de 1984/85, o F.C. Porto sagrar-se-ia campeão nacional, sob o comando de Artur Jorge, tendo o Benfica, orientado pelo húngaro Pal Csernai, conquistado a Taça de Portugal, derrotando, precisamente, o F.C. Porto, por 3-1 (golos de Nunes e Manniche(2), para o Benfica e de Futre, para o F.C. Porto), na final disputada no Estádio Nacional (no Jamor), impedindo, assim, a equipa portista de alcançar a "dobradinha".

sexta-feira, 21 de março de 2008

"Pedroto, o Mestre"

TÍTULO: Pedroto, o Mestre.

AUTOR: Alfredo Barbosa.

GRÁFICA ALOMA - Aleixo & Maia, Lda (Porto), Maio de 1998, 1ª edição.

NÚMERO DE PÁGINAS: 263 páginas.

DIMENSÕES (cm): 15 x 21,9.

GÉNERO: Biográfico.


Biografia (autorizada) de José Maria Pedroto (1928-1985), popular e carinhosamente conhecido por "Zé do boné", provavelmente o melhor treinador português de sempre e, unanimemente, reconhecido como o "Mestre dos mestres do futebol português".
Como jogador de inegável categoria, José Maria Pedroto foi 17 vezes internacional A, tendo sido duas vezes campeão nacional (1955/56 e 1958/59) ao serviço do Futebol Clube do Porto. Como treinador, Pedroto construiu uma notável, prestigiante e fulgurante carreira nos vários clubes que treinou (Académica, Leixões, Varzim, Vitória Futebol Clube (de Setúbal), Boavista, Futebol Clube do Porto e Vitória Sport Clube (de Guimarães), deixando em todas as equipas que orientou a sua marca de qualidade e classe. Ainda foi seleccionador da Selecção Nacional A em 17 encontros. Vejamos então o palmarés principal de Pedroto como treinador:
- Duas vezes campeão nacional ao serviço do Futebol Clube do Porto (1977/78 e 1978/79);
- Cinco vezes vencedor da Taça de Portugal: 3 vezes ao serviço do Futebol Clube do Porto (1967/68, 1976/77 e 1983/84: não concluiu a época por doença*); duas vezes ao serviço do Boavista (1974/75 e 1975/76);
- Quatro vezes finalista vencido da Taça de Portugal: 3 vezes ao serviço do Futebol Clube do Porto (1977/78, 1979/80 e 1982/83) e uma vez ao serviço do Vitória Futebol Clube (de Setúbal) (1972/73);
- Seis vezes vice-campeão nacional (2º lugar): 4 vezes ao serviço do Futebol Clube do Porto (1968/69: não concluiu a época por ter rescindido em Abril; 1979/80, 1982/83 e 1983/84: *), uma vez ao serviço do Vitória Futebol Clube (de Setúbal) (1971/72) e outra vez ao serviço do Boavista (1975/76);
- Finalista vencido da Taça das Taças ao serviço do Futebol Clube do Porto (1983/84:*);
- Campeão da Europa ao serviço da Selecção de Juniores (1961).
De facto, não houve até hoje um treinador português que tenha conseguido acumular um currículo tão rico e invejável como este!
O autor desta obra, Alfredo Barbosa, foi um dos jornalistas que melhor conheceu Pedroto e com quem mais de perto este conviveu, como tal, a pessoa mais indicada para escrever a biografia do Mestre. Com efeito, a partir de 1974, Alfredo Barbosa desenvolveu uma profunda relação com Pedroto, quer do ponto de vista profissional, quer do ponto de vista pessoal, nascendo, desde então, uma forte amizade entre ambos, até à morte prematura do Mestre, em Janeiro de 1985.
Essa relação profissional traduziu-se na publicação de inúmeros trabalhos jornalísticos (entrevistas, reportagens, crónicas e comentários), os quais estiveram na origem da escrita desta biografia, a qual foi o resultado de um aturado e exigente trabalho de pesquisa, recolha e selecção de uma vasta informação existente em manuscritos, documentos, recortes de jornais que Alfredo Barbosa, paciente e dedicadamente, estudou e compilou, em bibliotecas, arquivos de jornais e no arquivo da família de Pedroto.

Alfredo Barbosa nasceu em 1950, no Porto, tendo iniciado a profissão de jornalista em 1968 (então com 18 anos de idade), no jornal "O Norte Desportivo". Depois, foi durante mais de 15 anos redactor, no Porto, do jornal "A Bola", no qual construiu uma carreira sólida e de inegável prestigio.
Foi ainda correspondente de vários jornais desportivos europeus de renome e comentador das principais rádios portuguesas (Antena 1, Rádio Renascença, Rádio Comercial, TSF) e, também, da RTP. Foi, igualmente, Director do jornal "O Jogo" e do jornal "O Norte Desportivo".
Alfredo Barbosa é também autor do livro "O Tetra", do qual falaremos oportunamente.

Secção "Bibliografia desportiva"

Relativamente a tudo aquilo que escrevi aquando da apresentação da secção "Publicações periódicas", posso também reafirmar que a ideia e a finalidade que esteve na base da criação daquela secção é exactamente a mesma que está agora por detrás da criação desta nova secção, denominada "Bibliografia desportiva".
Com efeito, à semelhança daquilo que constatei em relação ao vasto acervo por mim acumulado em matéria de revistas e jornais desportivos, também no que diz respeito a livros e enciclopédias sobre a temática desportiva, posso dizer que tomei consciência do mesmo tipo de realidade e, como tal, quero, igualmente, dar a conhecer e partilhar os "meus livros" com todos quantos têm a amabilidade de visitar o meu blogue.
Esta nova secção pretende, assim, dar um contributo modesto, mas útil e enriquecedor para a divulgação de alguns dos mais importantes livros sobre desporto, em geral, e futebol, em particular, editados em Portugal ao longo do século XX. Procurarei pois fazer uma caracterização e descrição, com o maior rigor possível, de várias obras relacionadas com o vasto, complexo e fascinante mundo do desporto, editadas no nosso país durante, sobretudo, as décadas de 50, 60, 70, 80 e 90 do século passado.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Selecções Desportivas (série extra)

NUMERAÇÃO E DATA DE PUBLICAÇÃO: nº1 (Maio de 1978) - S.L. Benfica: A vida do grande clube; nº2 (parte I: Setembro de 1978; parte II: Dezembro de 1978) - F.C. Porto: A vida do grande clube nortenho; nº3 (Junho de 1979) - Sporting: A vida de um grande clube.

DIMENSÕES APROXIMADAS (cm): 16,8 (largura) x 23,8 (altura); formato superior ao A5.

COR: capa e contra-capas a cores; páginas interiores a preto e branco.

NÚMERO DE PÁGINAS: 36 páginas.

PREÇO: 25$00.

DIRECTOR: Henrique Parreirão.

EDIÇÃO: Produções Literárias Apolo, Lda.

DISTRIBUIÇÃO: Electroliber, Lda.



Série extra da revista "Selecções Desportivas", constituída por 3 números (o nº2 foi dividido em duas partes), dedicada à vida dos três grandes clubes do desporto português: Sport Lisboa e Benfica, Futebol Clube do Porto e Sporting Clube de Portugal.

Esta série debruçava-se, assim, sobre o passado e o historial destes clubes, fornecendo dados estatísticos interessantes referentes a competições, resultados, palmarés, equipas, jogadores/atletas das principais modalidades dos três clubes.

As revistas continham, ainda, diversas fotos e abordavam uma grande variedade de assuntos e curiosidades em redor das figuras mais relevantes e dos acontecimentos mais marcantes da vida dos três "grandes".

quarta-feira, 19 de março de 2008

Selecções Desportivas (2ª fase)

NUMERAÇÃO E DATA DE PUBLICAÇÃO: nº1 (Outubro de 1977) ao nº27 (Agosto de 1982).

PERIODICIDADE: Mensal e, mais tarde, trimestral (do nº23 ao nº27).

DIMENSÕES APROXIMADAS (cm): 12 (largura) x 16,6 (altura); mais tarde, 14,5 x 20,6 (formato A5).

COR: capa e contra-capa a cores; páginas interiores a preto e branco.

NÚMERO DE PÁGINAS: 36 páginas e, a seguir, 32 páginas.

PREÇO: 12$50 e, a seguir, variou desde os 15$00 até aos 35$00.

DIRECTOR: Henrique Parreirão.

EDIÇÃO: Produções Literárias Apolo, Lda.

DISTRIBUIÇÃO: Agência Portuguesa de Revistas e, a seguir, Electroliber, Lda (a partir do nº10, inclusive, até ao fim).


Aproximadamente ao fim de um ano de vida da revista "Ídolos do Desporto", surge, em 1977, a revista "Selecções Desportivas", com um formato e conteúdos muito semelhantes ao daquela publicação, ou não fosse Henrique Parreirão o fundador, director, dinamizador e entusiasta destas duas revistas.

Por este facto, facilmente se compreende que uma publicação não pretendia ser alternativa ou concorrente da outra, antes pelo contrário, ambas se complementavam, pois, enquanto a primeira se dedicava especificamente aos aspectos biográficos (vida e carreira) de atletas e desportistas, sobretudo futebolistas, do desporto nacional, a segunda dedicava-se, de uma forma mais vasta e variada, à actualidade desportiva nacional e internacional, aos acontecimentos e figuras (nacionais e estrangeiras) de maior projecção e popularidade do mundo do desporto, debruçando-se ainda sobre o historial de clubes, selecções, equipas, jogadores, competições, resultados e estatísticas relacionadas, sobretudo, com o futebol português.

Esta publicação continha diversas fotos e abordava uma grande variedade de assuntos, incluindo análises/comentários, entrevistas, inquéritos, testes-passatempos em redor de figuras e acontecimentos relevantes do desporto português e mundial. A revista incluiu, em vários números, suplementos separáveis nas páginas centrais, sobre a vida de grandes "Ases" do desporto português e sobre o historial de grandes competições desportivas nacionais e internacionais.

Na contra-capa da revista começou por sair uma colecção de fichas intitulada "Equipas", precisamente, com as equipas que fizeram parte das principais selecções portuguesas de futebol, ao longo dos tempos. Mais tarde, a partir do nº24 e até ao fim da publicação, saíram "fichas/cromos biográficas" (para recortar e coleccionar) sobre grandes figuras do desporto (português e mundial), cuja colecção, aliás, já tinha sido iniciada na revista "Ídolos do Desporto" e que continuava, a partir daquele número, na revista "Selecções Desportivas".

Ao fim de quase 5 anos de publicação e, à semelhança do ocorrido pela mesma altura, com a revista "Ídolos do Desporto" (2ª fase), também a revista "Selecções Desportivas" terminava a sua existência, deixando saudades e criando um certo "vazio" nas publicações desportivas da época, situação essa que, nos primeiros tempos, não foi fácil de colmatar.

domingo, 16 de março de 2008

Selecções Desportivas (1ª fase)

NUMERAÇÃO E DATA DE PUBLICAÇÃO: nº1 (Setembro de 1951) ao nº10 (Junho de 1952).

PERIODICIDADE: Mensal.

DIMENSÕES APROXIMADAS (cm): 13,6 (largura) x 18,9 (altura).

COR: capa e contra-capa sem cores; páginas interiores a preto e branco.

NÚMERO DE PÁGINAS: 66 páginas.

PREÇO: 5$00.

DIRECTOR: Adriano Artur Ferreira Peixoto.

EDITOR: Adriano Artur Ferreira Peixoto.

PROPRIEDADE: Atlântida, Livraria Editora, Lda.

DISTRIBUIÇÃO: Atlântida, Livraria Editora, Lda.

Esta publicação tinha um caracter generalista, assumindo-se como uma revista de todos os desportos e que se debruçava sobre os acontecimentos e factos de maior relevo e projecção das várias modalidades desportivas.
A revista fornecia resumos e dados estatísticos variados, nomeadamente, tabelas de recordes referentes a resultados e equipas, revelando, ainda, curiosidades sobre o passado e o historial de competições nacionais e internacionais das modalidades de maior popularidade.
Embora a revista fosse pobre em matéria de fotos e imagens (todas a preto e branco), ela continha estudos e análises de inegável profundidade e valor cultural, a par de reportagens interessantes sobre diversas modalidades.
Colaboravam na revista grandes nomes do jornalismo desportivo português (como por exemplo, Ricardo Ornellas e Carlos Pinhão), mas também jornalistas estrangeiros, assim como técnicos famosos, nacionais e estrangeiros.
A revista procedeu também, algumas vezes, a inquéritos junto de críticos, especialistas e técnicos de várias modalidades, levantando questões ou debatendo problemas relevantes acerca da actualidade desportiva nacional.
Durante a sua curta existência de apenas 9 meses, a revista incluiu duas secções/rúbricas fixas denominadas "As grandes tácticas do futebol" e "Os nossos inquéritos". Ao longo dos seus 10 números, a revista foi sempre visada pela, tristemente célebre, Comissão de Censura que naquela época actuava, de forma sistemática e implacável, na vigilância, controlo e inspecção dos conteúdos da imprensa escrita, "cortando" aqueles que, segundo a Censura, poderiam criticar e pôr em causa o regime fascista de Salazar.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Ídolos do Desporto (3ª fase)

NUMERAÇÃO E DATA DE PUBLICAÇÃO: nova série - nº1 (Junho de 1983) ao nº18 (Julho de 1986).
PERIODICIDADE: irregular, pois embora a revista fosse mensal, houve meses em que esta não se publicou.
DIMENSÕES APROXIMADAS (cm): 16,3 (largura) x 23,6 (altura).
COR: capa e contra-capa a cores; páginas interiores a preto e branco e com algumas fotos a cores.
NÚMERO DE PÁGINAS: variou entre as 32 e as 48 páginas.
PREÇO: 40$00 e, a seguir, 50$00.
DIRECTOR: Henrique Parreirão.
EDITOR: Henrique Parreirão.
DISTRIBUIÇÃO: Agência Portuguesa de Revistas.
PROPRIEDADE: Aguiar & Dias, Lda.




A 3ª e última fase da revista manteve o mesmo tipo de conteúdos que já vinham da fase anterior, continuando, assim, a retratar a vida e a carreira dos grandes atletas e ídolos do desporto nacional, com especial destaque, uma vez mais, para as figuras de maior relevo do futebol português, não apenas do presente, mas também do passado. No entanto, à semelhança do que já se tinha verificado na 2ª fase, também nesta só esporadicamente a revista se debruçou sobre atletas de outras modalidades, havendo a referir apenas os casos pontuais de figuras ligadas ao atletismo, ciclismo e fórmula 1.

A revista continha inúmeras fotos, algumas delas a cores, incluindo ainda, na maioria dos números, posters, também a cores, de equipas portuguesas de clube e de selecção, quer nas páginas centrais, quer na contra-capa.

Nesta fase da revista surgiu uma colecção de cromos intitulada "Futebol-85" (alusiva precisamente à época futebolística de 1984/85), editada pela Agência Portuguesa de Revistas, tendo a colecção completa sido publicada em 5 números da revista (nº6, nº7, nº8, nº9 e nº10): nos nº6 e 7 saíram 17 cromos por exemplar; no nº8 saíram 53 cromos; nos nº9 e 10 saíram 54 cromos por exemplar. Em cada um daqueles 5 números, os cromos vinham dispostos em folhas nas páginas centrais, os quais se tinham que recortar e colar na respectiva caderneta que era também oferecida pela revista. A título de curiosidade, refira-se que a colecção era constituída por 192 cromos, os quais se distribuíam por 16 equipas, através de 1 cromo com o emblema e 11 cromos com os jogadores titulares das respectivas equipas.

Ao longo de vários números da revista foi ainda introduzida uma secção fixa denominada "História da Selecção Portuguesa de Futebol" da autoria do próprio Director da revista, o jornalista Henrique Parreirão. Como o próprio nome da secção sugeria, esta pretendia dar a conhecer as fichas de todos os jogos (constituição das equipas, marcadores dos golos, datas, locais, árbitros, etc.) realizados pela Selecção Nacional ao longo das várias décadas de actividade, assim como algumas curiosidade a respeito da "equipa de todos nós", nome por que ficou conhecida a Selecção Portuguesa, baptizada com aquela denominação, por esse grande jornalista desportivo que foi Ricardo Ornellas.

Esta última fase da revista durou apenas 3 anos (entre 1983 e 1986), tendo o último número sido publicado em Julho de 1986, coincidindo com a presença infeliz da Selecção Nacional no Campeonato do Mundo de Futebol - México 86.

A revista "Ídolos do Desporto" foi uma das publicações desportivas mais populares do seu tempo, tendo tido bastante aceitação e receptividade junto, sobretudo, do público mais jovem e, em geral, dos amantes do desporto e do futebol, em particular. Hoje em dia, esta colecção continua a ser recordada com saudade e nostalgia, sendo considerada uma das melhores publicações desportivas, dentro do género biográfico, publicadas em Portugal.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Ídolos do Desporto (2ª fase)

NUMERAÇÃO E DATA DE PUBLICAÇÃO: 1ª série - nº1 (Novembro de 1976) ao nº38 (Novembro de 1978). 2ª série - nº1 (ou nº39) (Dezembro de 1978) ao 35 (ou nº73) (Julho de 1981). 3ª série - nº74 (Agosto de 1981) ao nº8? (? de 1982).

PERIODICIDADE: Variou entre a quinzenal e a mensal.

DIMENSÕES APROXIMADAS (cm): 12 (largura) x 16,5 (altura) (1ª série); 14,5 x 20,5 (formato A5) (2ª série); 20,7 x 29,5 (formato A4) (3ª série).

COR: capa e contra-capa a cores; páginas interiores a preto e branco.

NÚMERO DE PÁGINAS: 36 páginas (1ª série); variou entre as 16 e as 32 páginas (2ª série); 16 páginas (3ª série).

PREÇO: 10$00 e, a seguir, 15$00 (1ª série); 15$00 e, a seguir, 20$00 (2ª série); 30$00 (3ª série).

DIRECTOR: Henrique Parreirão.

EDITOR: Henrique Parreirão (a partir do nº59 da 2ª série até ao fim da colecção).

EDIÇÃO: Produções Literárias Apolo, Lda.

DISTRIBUIÇÃO: VASP - Sociedade Transportes e Distribuição, Lda e, a seguir, Electroliber, Lda.

Lista dos 38 números da 1ª série: 1 - Chalana (Benfica) ; 2 - Keita (Sporting) ; 3 - Cubillas (Porto) ; 4 - Fraguito (Sporting) ; 5 - Gonzalez (Belenenses) ; 6 - Eusébio (Beira-Mar) ; 7 - Marinho (Braga) ; 8 - Laranjeira (Sporting) ; 9 - José Luis (Benfica) ; 10 - Jacinto João (Setúbal) ; 11 - Gomes (Porto) ; 12 - Manuel Fernandes (Sporting) ; 13 - Octávio (Porto) ; 14 - Nelinho (Benfica) ; 15 - Albertino (Boavista) ; 16 - Eddy Merckx (Ciclista) ; 17 - Joaquim Agostinho (Ciclista) ; 18 - Freddy Maertens (Ciclista) ; 19 - Conceição Alves (Atleta do Sporting) ; 20 - Oliveira (Porto) ; 21 - Nené (Benfica) ; 22 - Artur Correia (Sporting) ; 23 - Conhé (Braga) ; 24 - Murça (Porto) ; 25 - Toni (Benfica) ; 26 - Seninho (Porto) ; 27 - Baltasar (Sporting) ; 28 - Bento (Benfica) ; 29 - Gabriel (Porto) ; 30 - Sambinha (Belenenses) ; 31 - Pedroto (Treinador do Porto) ; 32 - Carlos Lopes (Atleta do Sporting) ; 33 - Pietra (Benfica) ; 34 - Abreu (Guimarães) ; 35 - Duda (Porto) ; 36 - Alves (Benfica) ; 37 - Eduardinho (Maritimo) ; 38 - Fonseca (Porto).


Lista dos 35 números da 2ª série: 39 - Inácio (Sporting) ; 40 - Alhinho (Benfica) ; 41 - Vasques (Belenenses) ; 42 - Alberto (Benfica) ; 43 - Freitas (Porto) ; 44 - Marinho (Sporting) ; 45 - Reinaldo (Benfica) ; 46 - Costa (Porto) ; 47 - Jordão (Sporting) ; 48 - Nené (Benfica) ; 49 - Fernando Mamede (Atleta do Sporting) ; 50 - Frasco (Porto) ; 51 - Humberto Coelho (Benfica) e Botelho (Benfica) ; 52 - Romeu (Porto) ; 53 - Fidalgo (Sporting) ; 54 - Oliveira (Porto) e Albertino (Porto) ; 55 - Shéu (Benfica) ; 56 - Eurico (Sporting) ; 57 - Torres (Estoril) e Chico Gordo (Braga) ; 58 - Bastos Lopes (Benfica) ; 59 - Vitorino Bastos (Sporting) ; 60 - Carlos Manuel (Benfica) e Cristiano (Hoquista do Porto) ; 61 - Manoel (Sporting) e Carlos Pereira (Belenenses) ; 62 - Chalana (Benfica) ; 63 - Simões (Porto) e Delgado (Belenenses) ; 64 - César (Benfica) ; 65 - Teixeira (Porto) e Eusébio (Benfica) ; 66 - Barão (Sporting) e Gabriel (Porto) ; 67 - Frederico (Benfica) e Júlio (Boavista) ; 68 - 14 fichas-cromos ; 69 - Sousa (Porto) ; 70 - 14 fichas-cromos ; 71 - Folha (Boavista) e Ademar (Sporting) ; 72 - 14 fichas-cromos ; 73 - Rodolfo (Porto) e Vaz (Sporting).




Quatro anos após a publicação do último número da revista "Ídolos do Desporto" (7ª série da 1ª fase), surgia novamente, em 1976, uma colecção com o mesmo título da anterior, iniciando-se a 2ª fase da revista, a qual, tal como a sua antecessora, se debruçava sobre a biografia das grandes figuras do desporto português, com especial destaque para o mundo do futebol.
Com efeito, esta revista retratava a vida e a carreira dos grandes "ídolos" do desporto nacional, com particular relevância para as figuras de maior projecção e popularidade do futebol português, não só do presente, mas também do passado. A revista continha bastantes fotos, revelava factos biográficos curiosos e fornecia dados estatísticos interessantes respeitantes ao currículo e palmarés dos jogadores.
Só muito raramente a revista se debruçou sobre figuras de outras modalidades, havendo a referir apenas casos esporádicos de atletas ligados ao ciclismo e ao atletismo.
Durante a 1ª série, a revista incluiu, na contra-capa de cada exemplar, uma colecção de cromos (4,7 cm x 5,8 cm) a cores, intitulada "Velhas Glórias do Futebol", sendo que, em cada número, saíam 4 cromos. Esta colecção pretendia, assim, homenagear os "ídolos" do passado, nomeadamente, os internacionais do futebol português que, desde 1921 (ano do baptismo internacional da Selecção Nacional, frente à Espanha: derrota por 1-3), tiveram a honra de vestir a camisola das "quinas". Intercalada com esta colecção de cromos, surgiu em três números, uma série especial constituída apenas por 12 cromos de ciclistas, mini-colecção essa denominada "Velhas Glórias do Ciclismo".
Na 2ª série da revista, voltou a surgir, em vários números, outra colecção intitulada "As grandes equipas do futebol português", cujas respectivas fotos ocupavam a contra-capa da revista. Essas fotos eram referentes, não só a equipas que representaram, em diferentes épocas, a Selecção Nacional, mas também referentes a equipas de clube dos "4 grandes" do futebol português (Benfica, Sporting, Porto e Belenenses) relativas à época de 1978/79.
Ao longo da 2ª série da revista, foram aparecendo, pontualmente, em alguns números, fotos a cores em duas ou três páginas interiores, incluindo posters a cores de equipas de clube nas páginas centrais.
Ainda nesta mesma série, a partir do nº51, a revista passou a incluir, inicialmente, nas páginas centrais, 4 "fichas/cromos biográficas", para recortar, coleccionar e organizar na forma de um arquivo, sobre grandes futebolistas e atletas do desporto português e mundial, quer do presente, quer do passado, com as respectivas fotos a cores. Mais tarde, os exemplares passaram a incluir 6 "fichas/cromos biográficas" (as mesmas 4 fichas nas páginas centrais e mais duas na contra-capa). Esta colecção de fichas (13 cm x 9,2 cm) chamada "Os mais famosos", teve, por sua vez, duas séries diferentes, em termos de numeração, mas com os mesmos atletas, sendo uma forma dos leitores, que começaram a comprar a revista mais tarde, poderem também coleccionar estas fichas (num total de 60).
Entretanto, nos últimos números da revista, viriam, ainda, a ser publicadas mais 42 fichas (distribuídas por 3 exemplares, com 14 fichas cada) integradas numa nova colecção, actualizada em relação à anterior, designada por "Ases", a qual estava organizada e classificada em 4 secções: Jogadores e atletas portugueses em actividade; Jogadores e atletas estrangeiros em actividade; Velhas Glórias Portuguesas; Velhas Glórias Estrangeiras. Com o fim da 2ª série da revista, a colecção de "fichas/cromos biográficas" iria continuar a ser publicada na revista "Selecções Desportivas", a partir da ficha nº43 (inclusivé).
Comparativamente com as duas primeiras séries que duraram 5 anos (entre 1976 e 1981), a 3ª série teve uma curta existência, tendo durado pouco mais de um ano (entre os verões de 1981 e 1982).