quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O "clássico" Benfica-F.C. Porto

Até à presente época (2008/2009), Benfica e F.C. Porto defrontaram-se já por 75 vezes, em jogos a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão, com o Benfica na condição de visitado. Abro apenas um parênteses para referir que, naqueles 75 jogos, estão incluídos os 4 referentes às 4 edições do Campeonato da I Liga (épocas de 1934/35, 1935/36, 1936/37 e 1937/38), cuja competição antecedeu o actual formato do Campeonato Nacional.

Destes 75 jogos disputados na casa do Benfica, há a registar 40 vitórias do Benfica (53,(3)%), 23 empates (30,(6)%) e apenas 12 vitórias do F.C. Porto (16%), as quais se distribuíram, ao longo das décadas, da seguinte maneira: uma vitória na década de 30, duas na década de 50, uma na década de 60, duas na década de 70, uma na década de 80, duas na década de 90 e três já neste século.

Nestes 75 jogos, o Benfica marcou 156 golos (média de 2,08 golos por jogo) e o F.C. Porto marcou 74 (média de quase 1 golo por jogo). O resultado mais desnivelado, com vitória do Benfica, foi obtido na época de 1942/43, com o resultado de 12(!)-2. O melhor que o F.C. Porto conseguiu obter, em termos de resultado mais desnivelado, foi uma vitória por 2-0, na época de 1950/51.
A seguir, apresento mais algumas curiosidades estatísticas em redor do "clássico" Benfica-F.C. Porto:

Melhor série de resultados para o Benfica: 8 vitórias (entre 1940/41 e 1947/48);
Melhor série de resultados para o F.C. Porto: 5 empates e uma vitória (entre 1987/88 e 1992/93);

Melhores marcadores do Benfica: José Águas (13 golos em 9 jogos - média de 1,44 golos por jogo); Eusébio (10 golos em 11 jogos - média de 0,91 golos por jogo);
Melhor marcador do F.C. Porto: Araújo (5 golos em 7 jogos - média de 0,7 golos por jogo);

Jogadores com mais golos marcados, pelo Benfica, num só jogo: Júlio com 4 golos ("poker"), em 1942/43, Benfica-12/F.C. Porto-2); Rui Águas com 3 golos ("hat-trick"), em 1986/87, Benfica-3/F.C. Porto-1);

Jogador a marcar pelos 2 clubes: Serguei Yuran (2 golos: 1 golo pelo Benfica, em 1992/93, Benfica-2/F.C. Porto-3; 1 golo pelo F.C. Porto, em 1994/95, Benfica-1/F.C. Porto-1).

Caricatura alusiva ao "clássico" Benfica-F.C. Porto, da época de 1986/87, jogo no qual o Benfica (de John Mortimore) derrotou o F.C. Porto (de Artur Jorge) por 3-1, com os 3 golos do Benfica a serem apontados por Rui Águas. No final da época, o Benfica sagrar-se-ia campeão nacional, com mais 2 pontos que o F.C. Porto.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

"Derbies" e "Clássicos" entre os "3 grandes"

Esta nova secção será dedicada aos "derbies" e "clássicos" do futebol português que marcaram a História do Campeonato Nacional da 1ª Divisão (actualmente denominado Campeonato da Liga), mais concretamente, no que diz respeito aos jogos em que se defrontam os chamados "3 grandes": Benfica, Sporting e F.C. Porto.
Nesta nova secção apresentarei um balanço histórico, em termos de resultados, e várias curiosidades estatísticas em redor dos eternos "derbies" Benfica-Sporting e Sporting-Benfica e dos "clássicos" Benfica-F.C. Porto, F.C. Porto-Benfica, Sporting-F.C. Porto e F.C. Porto-Sporting, cujos confrontos pertencem à História do Futebol Português e entraram na memória colectiva de várias gerações de adeptos e amantes do "Desporto-Rei" em Portugal.
Juntamente com os dados históricos e estatísticos, os "nomes" e os "números" destes "derbies" e "clássicos", apresentarei sempre uma caricatura, do saudoso e genial artista Francisco Zambujal, ilustrativa e alusiva ao confronto em questão. Na verdade, desde há muitos anos, que sou um grande admirador da arte e do talento que Francisco Zambujal revelou ao longo da sua carreira e, sobretudo, sou um grande apreciador das centenas de caricaturas que este artista desenhou, durante quase 30 anos, nas páginas do jornal A Bola, caricaturas essas que eram, aliás, uma das imagens de marca de A Bola, as quais muito valorizaram e prestigiaram este jornal.
A terminar esta breve apresentação, aproveito a oportunidade para referir que, uma vez que possuo uma vasta e valiosa colecção destas inigualáveis caricaturas, tenho o maior prazer em dá-las a conhecer ou simplesmente recordá-las, a quem já as conhece, e para isso nada melhor do que apresentá-las, enquadrando-as precisamente nos "derbies" e "clássicos" entre os "3 grandes", que Francisco Zambujal tão bem soube retratar, através de um traço claro, rigoroso, imaginativo e fiel dos personagens e artistas da bola.

sábado, 20 de setembro de 2008

BIONDI, Matt (EUA, Natação)

Matthew Biondi, nascido em Moraga, na Califórnia (EUA), a 8 de Outubro de 1965, foi provavelmente o melhor nadador da década de 80 e um dos melhores de sempre, sendo o 2º atleta norte-americano com mais medalhas olímpicas conquistadas, num total de 11 (8 de ouro, duas de prata e uma de bronze), sendo apenas superado, curiosamente, pelo também nadador norte-americano, Michael Phelps, com 16 medalhas.
Biondi esteve presente em 3 edições dos Jogos Olímpicos, mais concretamente, em Los Angeles (1984), Seul (1988) e Barcelona (1992), tendo em todas as edições conquistado títulos olímpicos e atingido outros lugares do pódio. Com efeito, entre 1984 e 1992, Biondi subiu 11 vezes ao pódio e, até Julho de 2008, era o mais medalhado atleta norte-americano de todos os tempos, até ser ultrapassado pelo compatriota Phelps.
Matt Biondi atingiu o apogeu da sua carreira em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, onde conquistou 5 medalhas de ouro. Quatro anos antes, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984), já se tinha estreado com a conquista da medalha de ouro nos 4x100 metros-livres. Para Seul, Biondi tinha como principal objectivo igualar o feito cometido pelo seu compatriota Mark Spitz, que nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, conquistara sensacionalmente 7 títulos olímpicos (entretanto, este recorde foi já ultrapassado, nos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), pelo fenómeno Phelps, que conquistou 8(!) medalhas de ouro).
Contudo, Biondi iniciou mal a dificílima tarefa de igualar as 7 medalhas de ouro de Mark Spitz. De facto, nos 200 metros-livres obteve apenas a medalha de bronze e nos 100 metros-mariposa conquistou a medalha de prata; escapavam-se-lhe, assim, as duas primeiras medalhas de ouro. Mas estes dois semi-desaires não afectaram muito Biondi, já que nas provas seguintes, o nadador norte-americano ganhou os 50 e os 100 metros-livres, os 4x100 e 4x200 metros-livres e, ainda, os 4x100 metros-estilos.
Na verdade, o balanço final da participação de Biondi nos Jogos Olímpicos de Seul (1988) foi excelente. Senão vejamos: obteve um máximo olímpico, bateu três recordes mundiais e conquistou 7 medalhas: 5 de ouro, uma de prata e uma bronze; Biondi apenas falhou o ambicioso objectivo de conquistar 7(!) medalhas de ouro.
Matt Biondi voltaria ainda a marcar presença noutra edição dos Jogos, em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, naqueles que viriam a ser os terceiros e últimos jogos da sua brilhante carreira. A assinalar a sua despedida olímpica, Biondi conquista ainda dois títulos nos 4x100 metros-estilos e nos 4x100 metros-livres e a medalha de prata nos 50 metros-livres.
Foi preciso esperar 16 anos, para que voltasse a aparecer outro fantástico nadador norte-americano, Michael Phelps, o qual finalmente conseguiu bater o recorde de Mark Spitz que já durava há 36 anos!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

BIKILA, Abebe (Etiópia, Atletismo)

Abebe Bikila, nascido na Etiópia, a 7 de Agosto de 1932, foi um dos maiores maratonistas de todos os tempos, tendo sido bicampeão olímpico da Maratona.
Nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, Bikila, então com 28 anos, "espantou o Mundo" com o triunfo, de todo inesperado, na mais dura e exigente prova de atletismo do programa olímpico, a Maratona, ainda para mais tendo corrido descalço (!) a longa distância de 42,195 km. Era a 1ª vez que um desportista oriundo da África Negra se sagrava campeão olímpico. Esta vitória seria o prenúncio do domínio que os atletas etíopes e quenianos iriam exercer no futuro nas corridas de meio-fundo e fundo.
A Maratona dos Jogos Olímpicos de Roma decorreu, pela 1ª vez, à noite e teve o seu início e final fora do estádio olímpico. A cerca de 1,5 km da meta, Bikila deu o derradeiro "golpe de misericórdia" nas aspirações do seu adversário directo, colocando um ponto final na oposição e resistência do marroquino Rhadi Abdesselim que, por sinal, o acompanhava desde os 18 km da prova, e que sendo um dos favoritos à vitória, teve de contentar-se com a medalha de prata.
Os seus sucessos não se ficariam por aqui, já que, quatro anos mais tarde, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, Bikila, a correr já calçado, revalidou o título olímpico, obtendo uma vitória clara e retirando mais de 5 minutos à marca que havia alcançado quatro anos antes em Roma. Aliás, a marca de elevado nível obtida por Bikila em Tóquio (2 horas, 12 minutos e 11,2 segundos) passava a constituir, na altura, o melhor resultado mundial de sempre na distância.
Como seria de esperar e muito justamente, as duas vitórias olímpicas na Maratona deram enorme fama e proveito a Bikila, o qual vivia, por essa altura, o ponto mais alto da sua carreira até então, sendo alvo das maiores honrarias por parte do Imperador da Etiópia. Contudo, os sucessos e os dias de glória do grande corredor africano estavam a chegar ao fim, pois, a partir dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Bikila não mais conseguiu atingir, nem de perto nem de longe, o mesmo nível de outrora.
Com efeito, Bikila ainda voltou a participar nos Jogos Olímpicos, os terceiros da sua carreira, no México, em 1968, porém, desta vez, aquela que seria a sua terceira vitória na Maratona não se concretizou, uma vez que, devido a uma fractura de esforço, o atleta etíope foi forçado a desistir da prova com 17 km percorridos. Iria começar, em breve, o calvário e o drama do grande atleta africano; ele que vivera anos de grande felicidade, iria de repente experimentar o infortúnio e a tragédia.
De facto, no ano seguinte, em 1969, Abebe Bikila sofre um aparatoso acidente de viação, que lhe provoca várias fracturas na coluna vertebral, deixando-o paralisado da cintura para baixo e atirando-o para uma cadeira de rodas, até ao fim dos seus dias.
Em 1972, nos Jogos Olímpicos de Munique, Abebe Bikila, então com 40 anos, é um dos convidados de honra dos Jogos, recebendo, pela última vez na sua vida, uma calorosa ovação de um estádio repleto de público, que quis homenagear e prestar um tributo a um dos maiores atletas do século XX.
No ano seguinte, a 25 de Outubro de 1973, Abebe Bikila não resiste a uma hemorragia cerebral, falecendo com apenas 41 anos de idade. Na História dos Jogos Olímpicos e do Atletismo Mundial, Abebe Bikila será para sempre recordado como o 1º atleta masculino africano a vencer a Maratona em duas edições consecutivas dos Jogos e, igualmente, o 1º a conquistar medalhas para a Etiópia e para a África Oriental.
São proezas como estas que fazem nascer as lendas e os heróis como Bikila, um humilde soldado etíope que um dia correu descalço e foi coroado "Imperador da Maratona" na cidade eterna, Roma!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

BECKENBAUER, Franz (Alemanha, Futebol)

Franz Beckenbauer, nascido em Munique, na Alemanha, a 11 de Setembro de 1945, foi um dos grandes futebolistas mundiais da história do futebol e o maior futebolista alemão de sempre. Dadas as suas qualidades de líder e de patrão das equipas onde alinhou, fazendo ouvir a sua voz de comando dentro do campo, Beckenbauer ficou conhecido por Kaiser. Desde cedo, ficou patente que Beckenbauer era um jogador fora de série e um predestinado que se viria a tornar, em breve, num dos melhores jogadores europeus e mundiais e na principal figura do futebol alemão de todos os tempos.
Como futebolista de eleição e de elevada craveira técnica e táctica, Beckenbauer destacou-se na posição de "líbero", excelente a defender e a sair da defesa para o ataque. Pode-se mesmo afirmar que Beckenbauer inventou uma nova dimensão para o papel de "líbero", dando-lhe uma componente mais ofensiva. Com efeito, Beckenbauer era dotado de uma excelente visão de jogo, exímio a ler e a pensar o jogo de trás para a frente, sem nunca perder de vista o posicionamento táctico em campo.
Como jogador, Beckenbauer ganhou tudo o que havia para ganhar, quer ao nível do seu clube de sempre, o Bayern de Munique (no qual jogou entre 1965 e 1977), quer ao nível da selecção alemã. Senão vejamos: foi Campeão do Mundo (1974) e Campeão da Europa (1972) pela Alemanha, tricampeão europeu (1974, 1975 e 1976), vencedor de uma Taça das Taças (1967) e de uma Taça Intercontinental (1976), ao serviço do Bayern de Munique, para além de pentacampeão alemão (1969, 1972, 1973, 1974 e 1982) e vencedor de 4 Taças da Alemanha (1966, 1967, 1969, 1971). Em termos individuais, foi eleito por 3 vezes o melhor jogador alemão e conquistou, ainda, duas "Bolas de Ouro" (em 1972 e 1976), prémio este atribuído pela prestigiada revista francesa France Football e destinado ao melhor jogador europeu.
Ainda na qualidade de jogador, Beckenbauer participou em 3 Campeonatos do Mundo de Futebol: em 1966, em Inglaterra; em 1970, no México; em 1974, na Alemanha. No "Mundial" de Inglaterra, prestes a completar 21 anos, Beckenbauer, então ainda a jogar como médio, foi uma das principais figuras da Alemanha, tendo sido, inclusivamente, o 2º melhor marcador da selecção, com 4 golos. A Alemanha viria a atingir a final da competição, perdendo, no entanto, com a Inglaterra, após prolongamento, por 4-2 (com 2-2, no final dos 90 m). Com a conquista do 2º lugar pela selecção alemã, Beckenbauer estreava-se assim da melhor maneira na fase final da maior competição mundial de futebol.
Quatro anos mais tarde, no "Mundial" do México, Beckenbauer voltaria a ser um dos principais elementos da selecção germânica, embora desta vez a Alemanha não tenha conseguido atingir a final da competição, sendo eliminada, nas meias finais, pela Itália, por 4-3, num jogo memorável, no qual Beckenbauer se lesionou com gravidade, permanencendo em campo com grande espírito de sacrifício. Contudo, voltaria a marcar presença no pódio, conquistando o 3º lugar, com a Alemanha a vencer o Uruguai, por 1-0, no jogo de atribuição dos 3º e 4º lugares.
Costuma-se dizer que à terceira é de vez e tal aplica-se com toda a propriedade à participação de Beckenbauer em Campeonatos do Mundo. Na verdade, na sua 3ª presença nesta competição, no auge da carreira, jogando no seu país e capitaneando a sua selecção, Beckenbauer sagra-se finalmente Campeão do Mundo. No jogo da final, no Estádio Olímpico de Munique, a Alemanha derrota a Holanda, por 2-1, e Beckenbauer atinge a glória máxima como jogador.
Beckenbauer viria também a participar em 2 Campeonatos da Europa de Futebol: em 1972, na Bélgica; em 1976, na ex-Jugoslávia. No "Europeu" de 1972, Beckenbauer sagra-se Campeão da Europa. Passados quatro anos, no "Europeu" de 1976, a selecção alemã atinge de novo a final e é, uma vez mais, a grande favorita à conquista do título europeu; porém, no jogo da final, a Checoslováquia derrota, de forma surpreendente, a Alemanha, no desempate por grandes penalidades, após empate 2-2 no fim do prolongamento.
Beckenbauer estreou-se pela selecção alemã, em 1965, pouco tempo depois de completar 20 anos, num jogo de apuramento para o Campeonato do Mundo de Inglaterra (1966), frente à Suécia, em Estocolmo; neste jogo decisivo para a respectiva qualificação, a Alemanha venceria a Suécia por 2-1 e Beckenbauer estreava-se assim da melhor maneira. Desde o jogo da estreia até à sua despedida da selecção, ocorrida em 1977, passaram 12 anos, durante os quais Beckenbauer contabilizou um total de 103 internacionalizações (14 golos marcados), tornando-se, até então, no jogador alemão mais internacional de sempre.
Após abandonar, quase ao mesmo tempo, quer a selecção, quer o Bayern de Munique, em 1977, Beckenbauer, então a caminho dos 32 anos, estava próximo de encerrar a sua brilhante carreira. No entanto, acaba ainda por se decidir a rumar aos Estados Unidos, para aí viver uma experiência única no futebol norte-americano, jogando durante 4 épocas seguidas (1977-1980) no Cosmos de Nova Iorque, ao lado de Pelé e de outras estrelas do futebol mundial em final de carreira. Beckenbauer conquista por 3 vezes a liga profissional dos Estados Unidos (NASL), em 1977, 1978 e 1980.
De regresso à Alemanha, ainda joga durante duas épocas (1980/81 e 1981/82) no Hamburgo, sagrando-se, uma vez mais, campeão alemão na 2ª época, no fim da qual, dá por terminada uma longa e fantástica carreira de 18 anos, não sem antes lhe ser prestada uma homenagem, através da realização de um jogo entre o Hamburgo e uma selecção alemã.
Na qualidade de seleccionador, Beckenbauer esteve presente em 2 Campeonatos do Mundo de Futebol: em 1986, no México; em 1990, em Itália. No "Mundial" do México, Beckenbauer levaria a Alemanha à final, sendo, porém, derrotada pela Argentina, por 3-2. Quatro anos mais tarde, no "Mundial" de Itália, Beckenbauer obteria a tão ansiada desforra, derrotando no jogo da final, no Estádio Olímpico de Roma, por 1-0, precisamente a Argentina, que quatro anos antes lhe havia destruído o sonho de ser campeão do mundo, também como seleccionador. Franz Beckenbauer conseguia assim igualar a proeza do brasileiro Mário Zagalo, sagrando-se campeão do mundo, quer como jogador, quer como seleccionador, feito este que não foi igualado por mais ninguém até hoje.