terça-feira, 26 de maio de 2009

FANGIO, Juan Manuel (Argentina, Fórmula 1)

Juan Manuel Fangio, nascido a 24 de junho de 1911, em Balcarce, na Argentina, foi o maior piloto argentino de Fórmula 1 de todos os tempos e um dos melhores de sempre da História da Fórmula 1. Durante 45 anos (!), mais concretamente, entre 1957 e 2002, Fangio deteve o recorde de Campeonatos do Mundo de Fórmula 1 ganhos, num total de 5 (4 deles consecutivos), em 1951, 1954, 1955, 1956 e 1957.
Com efeito, só em 2003, através da conquista do hexacampeonato, por parte do piloto alemão Michael Schumacher, é que Fangio foi ultrapassado em número de Campeonatos do Mundo de Fórmula 1 conquistados.
A proeza do piloto argentino é tanto mais de realçar, quanto o facto deste ter participado, ao longo da sua carreira, somente em 8 edições do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, perdendo apenas as edições de 1950, 1952 e 1953.
Devido a este facto, Fangio acabou por vencer apenas 24 "Grandes Prémios", isto comparativamente com outros pilotos que tiveram uma carreira mais longa na Fórmula 1. No entanto, tendo em conta as suas 8 participações em "Mundiais" de Fórmula 1, o balanço de vitórias é bastante positivo, com uma média de 3 vitórias por cada edição.
Para além das 24 vitórias obtidas em "Grandes Prémios", o piloto argentino alcançou, ainda, 28 poles positions e 23 voltas mais rápidas.
Filho de imigrantes italianos, Fangio cedo se destacou no automobilismo, vencendo praticamente todas as corridas regionais em que participava. De tal forma, que alguns amigos seus acabaram por ajudá-lo a comprar um carro razoavelmente competitivo, um Chevrolet, com o qual travou duelos animados com o seu grande rival, Oscar Galvez.
Nos 7 anos que se seguiram, Fangio construiu uma forte reputação na Argentina, até que, em 1948, um grupo de pilotos europeus muito cotados foi correr à Argentina, tendo o piloto argentino impressionado de tal maneira aquele grupo, que rapidamente a sua fama chegou à Europa, levando, inclusivamente, o Governo Argentino a financiar a sua participação, juntamente com Oscar Galvez, numas corridas no "velho continente", repetindo, aliás, esse apoio no ano seguinte.
Ao volante de um Maserati, Fangio deixou os europeus espantados, vencendo várias corridas, desde San Remo a Monza. Em 1950, quando o Campeonato do Mundo nasceu oficialmente, Fangio, então já com 39 anos, foi convidado a competir ao serviço da Alfa Romeo, ganhando, a partir daí, um lugar definitivo no escalão mais alto do automobilismo mundial.
Fangio guiou para todas as grandes equipas/marcas da época, desde a Ferrari à Mercedes, terminando a sua carreira internacional tal como a começara, isto é, ao volante de um Maserati.
Durante os 8 anos em que permaneceu na Fórmula 1, Fangio assumiu sempre o favoritismo em quase todas as corridas em que participou. Na verdade, Fangio era um piloto muito rápido, calculista, fisicamente forte e resistente, e só arriscava o necessário para vencer, doseando na perfeição as suas capacidades, o que lhe permitiu manter-se na ribalta, mesmo depois de ter ultrapassado os 45 anos de idade, período em que conquistou os últimos 2 dos seus 5 títulos mundiais.
Ao longo da sua curta mas extraordinária carreira, e mesmo depois de abandonar as pistas, em 1958, Fangio conquistou sempre a admiração e a simpatia pelos "quatro cantos do Mundo". Apesar de não falar inglês, a sua humildade e modéstia, por um lado, e a figura baixa e carismática, por outro, transformaram-no num símbolo do desportivismo um pouco por toda a parte.
Fangio viria a falecer a 17 de Julho de 1995, aos 84 anos de idade, desaparecendo aquele que, ainda hoje, continua a ser considerado, por muitos especialistas da modalidade, o melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos.

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