Jim Clark, nascido em Kilmany, na Escócia, a 4 de Março de 1936, foi um dos maiores pilotos de fórmula 1 de todos os tempos. Tendo falecido precocemente, com apenas 32 anos, num acidente de fórmula 2, no Circuito de Hockenheim (Alemanha), Jim Clark passou a constituir, também por essa razão, um mito do automobilismo.
Com efeito, a 7 de Abril de 1968, o desporto automóvel e a fórmula 1, em particular, perdia um dos seus grandes pilotos de sempre, quando um pneu traseiro do Lotus de Jim Clark rebentou, provocando o embate violento do seu bólide numa árvore. A morte prematura do piloto escocês chocou o mundo automobilístico, uma vez que Clark era um caso raro de popularidade na década de 60, não apenas pelos feitos e vitórias alcançadas nas pistas, mas também pela sua postura distinta fora delas, revelando um grande carisma e uma forte personalidade geradoras da maior simpatia e admiração por parte da sua imensa legião de adeptos.
Jim Clark ficou conhecido nas pistas pelo "escocês diabólico", devido ao seu extraordinário talento e capacidade natural para extrair o rendimento máximo de qualquer carro que pilotasse, imprimindo à sua condução um estilo descontraído e aparentemente fácil, não ligando muito a "tácticas". Na pista, Clark impressionava, sobretudo, quer pela perícia ao volante, quer pela coragem e forte carácter que revelava, qualidades estas que faziam dele um distinto "Cavalheiro", apesar das suas origens humildes e rurais.
Jim Clark correu durante 9 épocas na fórmula 1 (de 1960 a 1968), sempre ao volante de um Lótus, período de tempo no qual disputou 74 grandes prémios, vencendo 25 deles, e sagrando-se Campeão do Mundo por duas vezes, em 1963 e 1965. Ao longo da sua curta mas, ainda assim, fantástica carreira, Clark alcançou 33 pole-positions e 28 voltas mais rápidas, feitos estes, tanto mais notáveis quanto se sabe que apenas disputou 74 grandes prémios.
Durante a década de 60, ficaram conhecidos os seus duelos épicos com o piloto inglês Graham Hill, seu companheiro na Lótus, também ele campeão do mundo por duas vezes (1962 e 1968). A juntar a todos estes feitos que fizeram de Jim Clark um dos mais impressionantes pilotos de todos os tempos, há a destacar ainda a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis, prova esta que, naquele tempo, era invulgar um piloto de fórmula 1 vencer.
Passados 40 anos da morte de Jim Clark, o mito do "escocês diabólico" perdura, ficando para sempre recordado, na História da Fórmula 1, como um dos seus maiores pilotos de sempre.
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