terça-feira, 29 de julho de 2008

ALEXEYEV, Vassily (ex-URSS, Halterofilismo)

Vassily Alexeyev, nascido a 7 de Janeiro de 1942, foi o maior halterofilista de todos os tempos. Este famoso halterofilista soviético, que pesava 162 kg e media 1,86 m, ficou justamente conhecido como "o homem mais forte do mundo".
Alexeyev foi pluricampeão europeu, mundial e olímpico na categoria máxima do halterofilismo (categoria de superpesados). Foi bicampeão olímpico, sagrando-se vencedor do escalão máximo, quer nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, quer nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal, tendo levantado aquilo que nunca ninguém conseguira até então (255 kg).
Alexeyev só se tornou mundialmente conhecido nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, quando já contava 30 anos. No entanto, 2 anos antes, em 1970, já havia conseguido obter os seus primeiros recordes mundiais.
Entre 1970 e 1977, Alexeyev nunca foi derrotado, tendo essa invencibilidade transformado o famoso halterofilista numa das figuras cimeiras do desporto soviético.
Em 1980, nos Jogos Olímpicos de Moscovo, então já com 38 anos, Alexeyev tentou ainda a conquista da 3ª medalha de ouro olímpica, mas falhou rotundamente este objectivo, não conquistando qualquer medalha, nem conseguindo sequer obter um resultado digno de registo, uma vez que, no movimento do arranque, falhou as 3 tentativas de erguer a barra com 180 kg.
Após este fracasso, pouco tempo depois, a sua carreira desportiva chegava ao fim. A fraca prestação nos Jogos Olímpicos de Moscovo acabou por constituir, para Alexeyev, uma despedida sem honra nem glória, contudo, não chegou para manchar a fabulosa carreira daquele que foi o maior halterofilista de sempre.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

AGASSI, Andre (EUA, Ténis)

Andre Kirk Agassi (popularmente conhecido por "Kid de Las Vegas"), nascido a 29 de Abril de 1970, em Las Vegas (EUA), foi um dos tenistas mais mediáticos, excitantes e carismáticos do ténis mundial. Era um atleta cheio de energia, vigoroso e tecnicamente espectacular, tendo, inclusivamente, introduzido um novo conceito de jogo no ténis, que foi uma das suas imagens de marca ao longo da sua brilhante carreira: o ataque sistemático desde o fundo do court.
Agassi foi, na verdade, um dos melhores tenistas de sempre, sendo, ainda hoje, um dos cinco tenistas que lograram conquistar os 4 torneios do Grand Slam (Austrália, Roland-Garros, Wimbledon e Estados Unidos), feito este que, só por si, o coloca na história do ténis.
Com efeito, o "Kid de Las Vegas" venceria por 4 vezes o Open da Austrália (1995, 2000, 2001 e 2003), uma vez Roland-Garros (1999), uma vez Wimbledon, o seu primeiro torneio do Grand Slam (1992) e duas vezes o Open dos Estados Unidos (1994 e 1999). Foi, ainda, campeão olímpico em Atlanta, em 1996.
Na Taça Davis (competição por equipas), Agassi conquistou por 3 vezes (1990, 1992 e 1995) a famosa "Saladeira" para o seu país, tendo, nesta competição, obtido 30 vitórias em singulares, só sendo superado por John McEnroe, com 41 vitórias.
Ao longo de 20 anos de carreira, Agassi conquistou um total de 60 títulos de singulares (7º tenista de todos os tempos), nos quais se incluem os 8 torneios do Grand Slam, encontrando-se, também neste aspecto, curiosamente posicionado na 7ª posição.
Relativamente ao número total de vitórias conquistadas nas várias partidas disputadas ao longo da sua carreira, Agassi está no "top five", ocupando precisamente o 5ª lugar, com 866 vitórias obtidas.
Agassi mostrou sempre uma regularidade impressionante ao longo dos 20 anos de carreira, tendo, entre 1988 e 2005, ocupado o "top ten" do "ranking" de final de temporada, apenas ficando de fora dos 10 melhores do mundo no final de 1993 e 1997.
Em 2003, quando já contava 33 anos, Agassi tornou-se no mais velho "número um" da história do ranking mundial masculino. Já em 1995, 1999 e 2000 havia sido "número um" do ranking ATP.
Em Setembro de 2006, no Open dos Estados Unidos, Agassi encerrava a sua fantástica carreira, despedindo-se, para sempre, dos courts de ténis onde brilhou e deixou a sua marca de génio, tornando-se numa das maiores lendas do ténis de todos os tempos.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Galeria de "Lendas Imortais" do Desporto Mundial do Século XX

Ao longo do século XX, o "Século do Desporto" por excelência, existiram atletas que se destacaram, na História do Desporto Mundial, nas mais diversas modalidades, tendo-se consagrado como desportistas de eleição e de craveira ímpar. Ao longo da sua carreira, estes atletas demonstraram ser possuidores de extraordinárias capacidades e aptidões, quer do ponto de vista técnico e táctico-estratégico, quer do ponto de vista físico e psicológico/mental, tendo cometido proezas de vulto, estabelecido recordes, alcançado títulos (individuais e colectivos) e conquistado troféus importantes, por via dos quais atingiram o prestígio e a glória.
As grandes competições e torneios internacionais foram os lugares, por excelência, onde nasceram e se fizeram estes "heróis míticos", os quais, graças às suas façanhas e feitos históricos, lograram atingir o estatuto de "imortalidade" apenas reservado aos eleitos e predestinados, isto é, aos maiores atletas mundiais de todos os tempos. Por estas razões, estes atletas, uma vez terminada a carreira, passaram a pertencer à galeria restrita apenas reservada aos "deuses", àqueles homens e atletas que se tornaram "imortais" e cuja memória perdurará por toda a eternidade.
Vem esta introdução a propósito de uma nova iniciativa que resolvi levar a cabo, a qual consiste no aliciante e fascinante desafio de escolher o meu "panteão dos deuses" ou, se se preferir, a minha "galeria de lendas imortais", por onde desfilarão os grandes "mitos" do desporto mundial.
O critério para esta minha escolha foi rigoroso e exigente, tendo esta contemplado, de facto, os atletas verdadeiramente excepcionais, os "melhores entre os melhores". Espero, pois, que esta escolha dos grandes desportistas mundiais do século XX suscite o maior agrado e satisfação por parte da comunidade de visitantes.
À medida que for seleccionando os nomes dos atletas (com indicação do país de origem e modalidade onde se notabilizaram e atingiram projecção) para cada uma das letras do alfabeto (numa lista de A a Z), irei elaborar uma breve biografia de cada atleta, à semelhança, aliás, do que fiz na anterior iniciativa (eleição do meu "onze ideal").

terça-feira, 15 de julho de 2008

"Benfica: O Voo da Águia"

TÍTULO: Benfica: O Voo da Águia.

SUB-TÍTULO: Álbum 88/89.

AUTORES: Manuel Dias (1934) e Carlos Pinhão (1924-1993).

EDITORA: Edições Asa, 1ª edição; Porto, 1990.

NÚMERO DE PÁGINAS: 160 páginas.

DIMENSÕES (em cm): 21,7 x 33.

GÉNERO: Histórico.

Esta obra, ricamente documentada e profusamente ilustrada, celebra a conquista, pelo Benfica, do 25º Campeonato Nacional da sua rica e longa História, fazendo a retrospectiva, jornada a jornada, do campeonato da época de 1988/89. Cada um dos 38 jogos realizados, ao longo da temporada, pelo Benfica, é acompanhado pela respectiva crónica, assim como pela ficha do jogo e por um breve comentário, ao mesmo, por parte dos treinadores das duas equipas.
Mas não só daquela época vive este livro. Também é feita referência aos episódios e protagonistas do futebol do Benfica do passado, com especial destaque para a figura emblemática de Eusébio, o melhor jogador português de todos os tempos.
Carlos Pinhão (1924-1993), o histórico e carismático jornalista do jornal "A Bola", entre 1955 e 1993, profundo conhecedor da história do futebol português e, em particular, da história do Benfica, é o autor dos dois primeiros capítulos da obra, respectivamente, com os títulos "As Estórias da História do Benfica" e "Na Era de Eusébio, Eusébio é que era".
É também retratada e analisada a conquista, pelo Benfica, da Supertaça "Cândido de Oliveira" relativa à mesma época, disputada em duas mãos, frente ao Belenenses, tendo o Benfica vencido ambos os jogos por 2-0.
A seguir é apresentado o quadro de honra dos melhores marcadores do Campeonato Nacional da 1ª Divisão de todas as épocas, destacando-se aí a presença dos goleadores benfiquistas que conquistaram a respectiva "Bola de Prata", com especial relevo para o "Rei" Eusébio, o qual se sagrou, por 7 vezes, melhor marcador do campeonato.
O livro faz também referência aos principais factos e protagonistas da época de 1988/89, sublinhando todos aqueles que contribuiram para a conquista do campeonato nacional. Para tal, é apresentada a ficha técnica dos 30 jogadores que fizeram parte do plantel do Benfica, assim como da equipa técnica, dirigentes, médicos, enfermeiros e massagista.
A seguir, é ainda apresentada uma entrevista feita a Toni, o treinador campeão dos encarnados que faz o balanço da época.
O livro termina com um capítulo intitulado "Números que ficam na História", capítulo este destinado a registar toda a Estatística e o balanço, em números, da época de 1988/89.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

"O País dos jogos consentidos"

TÍTULO: O País dos jogos consentidos.

SUB-TÍTULO: As Feiticeiras e os Demónios no Desporto Português.

AUTOR: João Alves da Costa.

EDITORA: Compendium, 1ª edição; Lisboa, Abril de 1997.

NÚMERO DE PÁGINAS: 272 páginas.

DIMENSÕES (em cm): 16,9 x 23,5.

GÉNERO: Crónicas (não-ficção).

Esta obra é um retrato "nú e crú" dos escândalos, das grandezas e misérias e dos dramas e tragédias do desporto e, em particular, do futebol português. Pretende, pois, ser uma espécie de história "trágico-desportiva" do desporto nacional, vivida e relatada por homens e mulheres que foram atletas, ídolos, heróis e heroínas.
Com efeito, nesta obra são retratados episódios e factos, muitos deles desconhecidos do grande público, ligados à vida e à carreira de desportistas e futebolistas portugueses, alguns dos quais "comeram o pão que o diabo amassou" e "desceram ao inferno". Aqui se descrevem as alegrias e tristezas, as decepções e frustrações de quem sofreu na pele as injustiças, as carências, o esquecimento, as lesões, as doenças, a pobreza, enfim, o sofrimento físico e psicológico do ser humano. A este respeito, o livro contém centenas de declarações feitas na 1ª pessoa por parte de atletas e familiares, as quais foram transcritas a partir de excertos de entrevistas por aqueles concedidas ao próprio autor (também jornalista) ou presentes em jornais da época.
O autor, João Alves da Costa, nascido em Lisboa a 21 de Janeiro de 1948, licenciado em Filologia Germânica (pela Faculdade de Letras de Lisboa), é um escritor, simultaneamente, polemista e provocador, criativo e fantasioso. Já com mais de uma dezena de livros editados desde 1974 e tendo recebido vários prémios e galardões (nacionais e internacionais) ao longo da sua já longa carreira literária, João Alves da Costa tem-se imposto como um autor inovador de uma nova escrita (não-ficção) e, igualmente, como um investigador implacável dos bastidores secretos e preconceituosos do desporto português.
Seguindo o exemplo de seu pai, o ilustre e famoso jornalista desportivo do jornal "A Bola", Aurélio Márcio, também João Alves da Costa começou, desde cedo (a partir de 1969), a colaborar neste jornal, tendo em 1979 passado a integrar a redacção de "A Bola", destacando-se na grande reportagem de acontecimentos desportivos ligados sobretudo ao ciclismo e ao atletismo.

terça-feira, 1 de julho de 2008

"Portugueses na V Olimpíada" (Jogos Olímpicos de 1912)

TÍTULO: Portugueses na V Olimpíada (Jogos Olímpicos de 1912).
SUB-TÍTULO: Subsídios para a História do Desporto Português.

AUTOR: Romeu Correia (1917-1996).

EDITORA: Editorial Notícias; Lisboa, 1988; colecção: Obras de Romeu Correia.

NÚMERO DE PÁGINAS: 149 páginas.

DIMENSÕES (em cm): 14 x 20,9.
GÉNERO: Histórico.

Esta obra é um valioso contributo para um conhecimento mais aprofundado de um capítulo da História do Desporto Português, mais concretamente, da participação de Portugal na V Olimpíada, em 1912 (Jogos Olímpicos de Estocolmo). Tem pois uma importância documental e histórica indiscutível, descrevendo e ilustrando, com rigor e pormenor, todos os acontecimentos que ocorreram em Portugal e em Estocolmo, antes e durante esta 5ª edição dos Jogos Olímpicos.
O livro apresenta, inicialmente, uma breve história do Olimpismo antigo e moderno. Em seguida, faz referência aos principais atletas pioneiros do desporto em Portugal, nomeadamente, aqueles que participaram pela primeira vez nos Jogos Olímpicos. Depois, descreve os preparativos, no nosso país, relativamente à participação portuguesa na 5ª edição dos Jogos. São ainda apresentados os testemunhos pessoais de dois atletas portugueses que participaram nos Jogos de Estocolmo em 1912, transcrevendo-se as respectivas entrevistas recolhidas à época. Na parte final do livro, registam-se os vencedores, por países e atletas, da V Olimpíada.
Para tudo isto, o autor pesquisou e compilou um vasto e precioso material, a maior parte relativo à imprensa (nacional e estrangeira) da época, que enriqueceu grandemente esta obra, contribuindo para uma melhor compreensão deste importante evento desportivo mundial realizado há já quase um século.
Portugal estreou-se nos Jogos Olímpicos, precisamente em 1912, na 5ª edição dos Jogos realizada em Estocolmo (Suécia). Apenas 6 atletas, concorrendo em 3 modalidades, representaram Portugal no seu baptismo olímpico. Foram eles: Fernando Correia (na Esgrima), Joaquim Vital e António Pereira (ambos na Luta Greco-Romana), António Stromp, Armando Cortesão e Francisco Lázaro (todos no Atletismo). Um deles, Francisco Lázaro, viria a falecer, de forma trágica, vítima de insolação e da sua imprudência, quando disputava a prova da Maratona. Este acontecimento fatídico que viria a enlutar para sempre o desporto português seria o primeiro acidente mortal na História dos Jogos Olímpicos.
O autor, Romeu Correia, nasceu em Almada em 1917 e aí viria a falecer em 1996. Este ilustre almadense, desde cedo ligado ao desporto, foi praticante de atletismo e boxe nos anos 30 e 40.
Foi autor de várias obras, entre contos, romances, peças de teatro e biografias, tendo muitas delas sido traduzidas para outras línguas. Em 1976, ganhou o Prémio "Ricardo Malheiros", concedido pela Academia das Ciências de Lisboa, pelo seu livro de contos "Um passo em frente".
Muitos dos seus textos foram também publicados em livros escolares. Foi ainda sócio honorário e de mérito de vários clubes desportivos e de colectividades de cultura e recreio, em Portugal e no Brasil.