quinta-feira, 21 de agosto de 2008

ARMSTRONG, Lance (EUA, Ciclismo)

Lance Armstrong, nascido em Austin, no Texas (EUA), a 18 de Setembro de 1971, foi um dos maiores ciclistas de todos os tempos, senão mesmo o melhor de sempre. Armstrong cometeu a proeza de ser o primeiro e único ciclista até hoje a ultrapassar as 5 vitórias na Volta à França, vencendo por 7 vezes consecutivas (1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005) o Tour, feito este que parece muito difícil de igualar!
Porém, antes de vencer pela 1ª vez o Tour, em 1999, e de atingir a glória nos anos seguintes, Armstrong viveu um autêntico calvário, "lutando" contra um cancro e conseguindo debelá-lo graças a uma enorme força de vontade e a um extraordinário espírito de sacrifício. Com efeito, em 1996, foi-lhe diagnosticado um cancro nos testículos, com ramificações no cérebro. Apesar da gravidade do seu estado de saúde, Armstrong não desistiu de lutar, vencendo estoicamente a morte que lhe estava praticamente destinada e obtendo assim a maior vitória da sua vida.
A primeira modalidade praticada por Armstrong foi o triatlo, a qual substituiu mais tarde pelo ciclismo de estrada. Em 1992, participa nos Jogos Olímpicos de Barcelona, tornando-se, no ano seguinte, ciclista profissional. No seu ano de estreia como profissional, em 1993, é campeão dos Estados Unidos e vence surpreendentemente o Campeonato do Mundo de Estrada, disputado em Oslo, na Noruega.
Durante os anos seguintes, Lance Armstrong participa em várias provas na Europa, ganhando etapas em importantes competições velocipédicas como, por exemplo, a Volta à França. Até que, em 1996, começa uma luta heróica contra um cancro, conseguindo vencê-lo de forma incrível e espectacular, ultrapassando mesmo as previsões mais optimistas que o davam, pelo menos, como acabado para o desporto de alta competição. Armstrong não só venceu a doença como regressou às competições velocipédicas, demonstrando que podia voltar a ser um desportista de alto nivel, o que veio de facto a confirmar-se, ao ponto de vencer, por 7 vezes consecutivas, a mais importante e exigente competição velocipédica mundial, batendo o recorde de 5 triunfos que parecia inatingível.
Os anos de 1997 e 1998 seriam ainda anos de sobrevivência e de sacrifício para o ciclista norte-americano, que sentiu, naturalmente, muitas dificuldades em recuperar o ritmo e as exigências do pelotão internacional. Contudo, graças a uma força de vontade inquebrantável e a um espírito de sacrifício indomável, Armstrong inicia um processo árduo de treinos, ganhando peso e preparando-se intensamente para as grandes corridas velocipédicas, sobretudo o Tour, competição que foi sempre a sua grande prioridade em detrimento das restantes (Giro e Vuelta) e na qual apostou sempre forte.
No fim da época de 1998, tinha conseguido obter um 4º lugar na Volta à Espanha e no Campeonato do Mundo de Estrada. O ano de 1999 constitui o início de uma nova era, marcando a reentrada de Armstrong pela "porta grande" na elite mundial, através de um triunfo autoritário e indiscutível no Tour desse ano, o qual repetiria nos 6 anos seguintes!
Tal proeza levou os norte-americanos a adoptarem-no como herói nacional, sendo hoje em dia reconhecido mundialmente como um exemplo na luta contra o cancro, tendo inclusivamente criado uma fundação de apoio aos doentes com cancro e de investigação desta doença.
Em 2005, com 34 anos de idade, e após alcançar o 7º triunfo consecutivo no Tour, Lance Armstrong abandona o ciclismo, como o maior campeão da história do Tour e um dos ciclistas mais completos de sempre.
Ainda nesse mesmo ano, começam a recair sobre o ciclista norte-americano suspeitas de doping, surgindo notícias em França dando conta de que Armstrong se teria já dopado em 1999, ano da sua primeira vitória no Tour.
Com efeito, umas amostras de urina referentes ao Tour de 1999, alegadamente pertencentes a Armstrong, pareciam conter EPO (indetectável na altura). Porém, tal acusação acabaria por nunca ser até hoje provada. Na verdade, Armstrong já várias vezes tinha sido acusado e investigado por suspeitas de doping, quer pelas autoridades, quer pelos jornalistas franceses. Inclusivamente, dizia-se que, ao fim de sete anos, era o ciclista que tinha realizado mais análises antidoping da história do desporto e, contudo, nenhuma delas dera positiva!
Ficará para sempre a suspeição e a dúvida sobre Armstrong, porém, esta pequena "nódoa" não é suficiente para "manchar" ou beliscar a sua fabulosa carreira e, sobretudo, a sua extraordinária vitória sobre o cancro.

Um comentário:

Anônimo disse...

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